PolíciaPolítica

VÍDEO – Prefeito de Guarujá é alvo de mais uma operação da PF e da CGU

A 2ª fase da Operação Nácar apura desvios de recursos para à Saúde e à Educação

Nesta terça-feira (29), a Polícia Federal, em ação integrada com a Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU), realizou a segunda fase da Operação Nácar. O objetivo é aprofundar as investigações que apuram fraudes nas contratações das áreas da Saúde e da Educação realizadas pela Prefeitura de Guarujá. E mais uma vez o prefeito Valter Suman (PSDB) é alvo da investigação

De acordo com a PF, a investigação tem como objetivo o combate de possíveis crimes de corrupção, desvios de recursos públicos e outros crimes correlatos, envolvendo verbas federais. No Guarujá, as apurações ocorreram nos endereços residenciais do prefeito, mas também nos Paços Raphael Vitelo e Moacir Santos Filho e da Câmara Municipal de Guarujá.

Um dos alvos das buscas era um condomínio localizado na avenida Marechal Deodoro da Fonseca, próximo à praia de Pitangueiras, em Guarujá. Esta seria um dos endereços de Valter Suman, mas até o momento não foi informado se o prefeito ou algum familiar foi encontrado no apartamento.

Veja o vídeo:

Cumprimentos de mandados

Segundo a Polícia Federal, roram cumpridos 55 mandados de busca e apreensão nos municípios de Guarujá, Santos, São Vicente, São Bernardo do Campo, Carapicuíba, na Capital Paulista e em Campos do Jordão. Mas também foram feitas buscas na cidade de Brazópolis, Minas Gerais. Participaram da deflagração 225 policiais federais e 3 auditores da Controladoria-Geral da União.

Dentre as medidas determinadas pela Justiça Federal, estão o bloqueio de mais de R$ 110 milhões de bens e valores de envolvidos, além do afastamento de ocupantes de cargos comissionados e eletivos de suas funções.

No entano, os investigados podem responder pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas, se somadas, podem variar de 12 a 46 anos.

Prefeitura

A Prefeitura de Guarujá respondeu, por meio de nota, que na manhã desta terça-feira (29), agentes da Polícia Federal e Controladoria Geral da União (CGU) estão realizando diligência nos paços municipais Moacir dos Santos Filho e Raphael Vitiello, em continuidade a Operação Nácar e que, como se trata de investigação sob segredo de justiça e ainda em curso, a prefeitura aguarda outras informações.

Já a Câmara Municipal de Guarujá, outro alvo da Operação Nácar, não se manifestou sobre o assunto, até o momento.

A Operação Nacar

Em 15 de setembro de 2021, o prefeito de Guarujá, Válter Suman, e o secretário de Educação, Marcelo Nicolau, foram presos pela Polícia Federal. A residência de Suman foi alvo de um dos mandados de busca e apreensão da Operação Nácar, que apura um esquema de desvio de dinheiro na rede pública de Saúde. Após depoimento na Delegacia da Polícia Federal de Santos, ambos foram levados ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Vicente.

Em 16 de setembro, os políticos passaram por audiência de custódia e permaneceram presos. No dia seguinte à prisão, a vice-prefeita da cidade, Adriana Machado (PSD), assumiu o cargo à frente da administração municipal.

Na noite de 17 de setembro, a Justiça Federal concedeu a liberdade provisória a Válter Suman e Marcelo Nicolau. A decisão afirmou que a privação de liberdade é excessiva e que ambos foram soltos por não apresentarem risco de fuga. No dia seguinte, eles saíram do presídio.

O Nácar

Nácar é a substância liberada pela ostra para se proteger e conter o corpo estranho, formando assim a pérola. O nome da operação é uma alusão ao processo de contenção de ações criminosas no município do Guarujá, conhecido como Pérola do Atlântico.

LEIA TAMBÉM

Prefeito e secretário de Educação de Guarujá são presos pela Polícia Federal

Mostrar mais

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo