Saúde

Covid-19: Primeiros casos de deltacron no Brasil são confirmados

Ministério da Saúde detectou casos no Amapá e no Pará

A Covid-19 continua sendo motivo de alerta máximo no Brasil. Agora por causa da variante deltacron: que é a fusão da ômicron, mais contagiosa, com a delta, a mais letal. Dois casos da deltacron foram confirmados. Um no Amapá e outro no Pará.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou a presença da variante e deu detalhes. “Essa variante que seria uma junção da omicron com a delta, né? Deltacron, que tem mais na França e alguns outros países da Europa. Nosso serviço de vigilância genômica já identificou dois casos no Brasil. Um no Amapá, outro no Pará. E nós monitoramos todos esses casos, isso é fruto do fortalecimento da capacidade de vigilância genômica no Brasil”, afirmou.

Questionado se o governo vê esses casos com preocupação, o ministro disse que essa variante requer monitoramento. Mas que o papel das autoridades sanitárias é tranquilizar a população.

“É uma variante de importância, que requer o monitoramento. Então as variantes são classificadas como variantes de importância, variantes de preocupação, e as autoridades sanitárias estão aqui para, diante dessas situações, tranquilizar a população brasileira”, completou Queiroga.

Ele repetiu, como vem fazendo nas últimas semanas, que o foco das pessoas no momento deve ser tomar a dose de reforço da vacina, para quem ainda não tomou.

Entenda a deltacron

Segundo um estudo preliminar divulgado na última quarta-feira (9), foi identificado na França três pacientes com a “deltacron”, uma recombinação nas variantes delta e ômicron do coronavírus.

No entanto, a pesquisa ainda não foi publicada por revistas científicas ou revisado por outros especialistas. Em entrevista à agência Reuters, Philippe Colson, do Ihu Méditerranée Infection e principal autor do estudo, disse que a versão identificada do Sars Cov-2 combina da proteína S da ômicron com o “corpo” da delta.

Além disso, ainda segundo a Reuters, outras duas infecções foram identificadas nos Estados Unidos, de acordo com relatório ainda não divulgado pela empresa genética Hélix. Outras pesquisas já haviam relatado mais 12 infecções da “deltacron” em países Europeus desde janeiro.

Colson alerta que os pesquisadores seguirão monitorando os casos, mas que ainda é cedo para definir a transmissibilidade ou ação mais ou mais impactante do vírus em humanos.

Já Maria van Kerkhove, líder técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS), declarou que os recombinantes eram “esperados, especialmente com intensa circulação de ômicron e delta”, e que sua equipe estava “rastreando e discutindo” a variante.

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