Comunidades pesqueiras de Guarujá afetadas por incêndio são vistoriadas
O incêndio na Ultracargo, em 2015 prejudicou as pessoas que tinham na pesca a principal atividade
![Comunidades pesqueiras de Guarujá afetadas por incêndio são vistoriadas](../../../wp-content/uploads/sites/3/2021/06/ultracargo_2-780x470.jpg)
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Técnicos da Prefeitura de Guarujá fizeram uma vistoria nas nove comunidades pesqueiras que foram afetadas pelo grave incêndio na Ultracargo em 2015, na Alemoa, em Santos. A missão buscar maneiras para realizar melhorias e reparos para os locais que foram afetados pelo acidente.
De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), o incêndio foi o maior do gênero já registrado no país. Na época, a comunidade pesqueira foi diretamente impactada, já que a água utilizada no combate às chamas contaminou o estuário e rios no entorno.
Segundo a Prefeitura de Guarujá, o primeiro local visitado foi a comunidade pesqueira Colônia Z3, que fica na Rua Itapema, em Vicente de Carvalho. A equipe é formada por técnicos da Secretaria de Planejamento (Seplan) e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Portuário (Sedep). Também houve visita no Portinho, que fica próxima ao Terminal de Passageiros de Vicente de Carvalho, também foi visitada. Ao longo das próximas semanas, as demais comunidades pesqueiras serão vistoriadas com o objetivo de finalizar a elaboração dos projetos executivos.
As visitas técnicas nas comunidades pesqueiras afetadas servem para estudar maneiras de aplicar melhorias e reparações dentro de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado entre a Ultracargo, o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), em maio de 2019.
O município conseguiu retomar as vistorias nas áreas previamente indicadas em estudo realizado pelo Instituto Maramar e pela comissão de pescadores depois de longas tratativas entre a Prefeitura de Guarujá e o Grupo de Atuação Regionalizada de Defesa do Meio Ambiente (GAEMA), ligado ao MPSP.
Relembre o caso
No dia 2 de abril de 2015, a empresa Ultracargo foi atingida por um enorme incêndio. Seis tanques foram atingidos e o combate às chamas durou uma semana, sendo encerrado no dia 9 de abril. Não houveram feridos.
No início do incêndio, a temperatura chegou a 800°C e foi necessária a ajuda do Governo Federal e importação de produtos de combate às chamas para cessar o fogo.
O local onde ocorreu o incêndio abrigava 175 tanques com capacidade de até 10 mil m³ cada um, em uma área de 183.871 m². A Ultracargo armazena produtos como combustíveis, óleos, vegetais, etanol, corrosivos e químicos.
O fogo foi ocasionado por um erro operacional nas tubulações de sucção e descarga, que operavam fechadas, causando a explosão de uma válvula. Além disso, o material despejado no estuário do Porto de Santos em virtude do combate ao incêndio matou nove toneladas de 142 espécies de peixes, 15 delas ameaçadas, segundo laudo pericial criminal federal solicitado pelo Ministério Público.
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