Crustáceos aparecem em praia e chamam a atenção dos banhistas
Os animais da espécie Lepas estavam grudados em um bambu

Quem circulou pela faixa de areia de uma praia de Praia Grande se espantou com uma certa cena. Um bambu estava tomado com milhares de crustáceos presos. Também havia um verme marinho que provoca queimaduras.
A aparição ocorreu no Canto do Forte nesta sexta-feira (18). De acordo com coordenador de Biologia da Universidade Santa Cecília, Jorge Luís, apesar de impressionante, este fenômeno é comum de ocorrer na Baixada Santista.
“Referem-se a um grupo de crustáceos, numa estrutura de madeira fluente. Por causa da deriva oceânica, que é gerada por correntes, ventos e marés, esses crustáceos alcançaram o trecho litorâneo. Isso é bastante frequente até mesmo pela posição geográfica, não só de Praia Grande, como da maioria das praias do litoral sul de São Paulo”, explicou.
Poliqueta-de-fogo
Outro animal encontrado com os crustáceos foi uma poliqueta-de-fogo, que é um verme que provoca queimaduras. biólogo marinho Eric Comin explicou que as pequenas cerdas do animal se soltam dele e se prendem à pele da pessoa que o tocar, liberando toxinas que dão a sensação de queimadura. Uma poliqueta-de-fogo, ou verme-de-fogo, pode chegar a 35 centímetros de comprimento.

Após a aparição dos animais, a Guarda Costeira foi acionada por moradores. Segundo a Prefeitura de Praia Grande, a equipe colocou o bambu de volta ao mar, inclusive, tentando prendê-lo à encosta rochosa do morro da Fortaleza de Itaipu, porém, a forte correnteza o trazia de volta. Foi feito contato com o Instituto Biopesca, que recolheu o material para análise da espécie.
A recomendação das equipes, caso alguém se depare com espécies desse tipo, é para que nunca manuseie ou tente retirar do local. O ideal é acionar a Guarda Costeira pelos telefones 199 ou 153.
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