Saúde

Vacina contra o coronavírus pode ocorrer após aval da Anvisa

Prazo estimado é de 5 dias após autorização e entrega de doses

Foi determinado pelo Governo Federal o prazo para começar a campanha nacional de vacinação contra coronavírus. Ela deve acontecer até 5 dias da autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e também da entrega de todas as doses

Em resposta a um questionamento do Supremo Tribunal Federal, a Advocacia-Geral da União informou à Corte sobre a previsão do Ministério de Saúde de começar a vacinar grupos prioritários cinco dias após ter o aval da Anvisa

Mas a pasta segue sem dar uma data específica para iniciar a vacinação, condicionando isso a qual vacina será a primeira a ter uma aprovação de uso emergencial pela Anvisa. O governo também deu uma previsão de concluir a imunização da “população em geral” em um ano, o que deixa o plano de vacinação com 16 meses, já que os primeiros quatro meses serão para grupos prioritários.

A resposta da AGU foi entregue ao STF após um pedido do ministro Ricardo Lewandowski, relator de duas ações sobre a vacinação contra a covid-19 na Corte. Lewandowski fez a solicitação no domingo (13), dando um prazo de 48h para a resposta após ter recebido da AGU um plano de vacinação que não continha datas de início e término.

A programação da pasta comandada pelo general Eduardo Pazuello prevê quatro fases para os grupos prioritários, cada uma com duração de um mês.

Primeiro serão vacinados profissionais da saúde, idosos com 75 anos ou mais, indígenas e pessoas com mais de 60 anos que estejam em abrigos ou asilos. Na sequência, serão imunizados idosos de 60 a 74 anos. A terceira fase será para pessoas com comorbidades, e por fim a última fase dos grupos prioritários incluirá professores, forças de segurança e salvamento, assim como profissionais do sistema prisional.

A situação das vacinas no Brasil

A resposta da AGU ao Supremo lembra que há atualmente no Brasil quatro vacinas em estudos de fase 3, que atestam a eficácia do imunizante. Além da vacina do laboratório americano Pfizer e da CoronaVac, que é desenvolvida pelo Instituto Butantan – órgão ligado ao governo paulista – em parceria com o laboratório chinês, os imunizantes das farmacêuticas AstraZeneca e Jansen também têm testes clínicos no país.

O imunizante da AstraZeneca é conhecido como vacina de Oxford, já que é desenvolvido com a Universidade de Oxford, e é a principal aposta do governo brasileiro para o plano nacional da vacinação. Ainda que negocie a compra de 70 milhões de doses iniciais da vacina da Pfizer, o Ministério da Saúde prevê contar com mais de 100 milhões de doses da AstraZeneca.

Posteriormente, o laboratório fará uma transferência de tecnologia para que a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), uma instituição federal, produza a vacina localmente. O governo também conta com 42,5 milhões de doses do Covax Facility, uma aliança global de vacinas liderada pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

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