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Ex-GCM que matou e enterrou a ex-mulher no quintal de casa vai à júri popular

Anderson Vítor Alves cometeu o homicídio e está preso

Começou no Fórum de Guarujá nesta quinta-feira (30) o júri popular sobre o caso do homem acusado de matar a ex-mulher e depois enterrá-la no quintal da própria casa em Guarujá. Anderson Vitor Alves, de 44 anos, que atuava como guarda civil municipal antes do crime, confessou que matou a mulher com dois tiros na cabeça, durante uma discussão pelo pagamento de pensão alimentícia aos dois filhos. Depois, ele enterrou o corpo dela no quintal da casa. Ele foi preso.

O ex-GCM responde pelo crime de homicídio triplamente qualificado, seguido de ocultação de cadáver. A decisão de submetê-lo a júri popular foi assinada pelo juiz Edmilson Rosa dos Santos, da 3ª Vara Criminal de Guarujá. O julgamento começou à 10h05 desta quinta-feira e acontece de forma presencial.

No plenário o juiz, estão presentes o advogado de defesa, o promotor, o réu, as testemunhas e os 23 jurados. Mas devido à pandemia do coronavírus, os parentes e público em geral foram proibidos de entrar na audiência, para evitar aglomerações.

A tendência é que o caso seja qualificado como feminicídio, motivo torpe, meio que impediu a defesa da vítima e, também, a ocultação de cadáver. Dessa forma Anderson pode pegar de 25 a 30 anos de prisão.

Morte de testemunha

O júri do réu havia sido marcado, inicialmente, para acontecer no dia 19 de agosto. No entanto, nesta data, a atual esposa dele, que atuaria como principal testemunha de defesa, não compareceu. Anderson se recusou a falar e, por isso, o julgamento foi adiado para esta quinta.

A mulher alegou problemas de saúde e, dias depois, morreu no hospital. Segundo registrado pela polícia, ela sofria com câncer de mama e estava com metástase.

Entenda como foi o crime

O assassinato de Rosana aconteceu em agosto de 2020, na casa do acusado, no bairro Jardim Virgínia. Rosana estava desaparecida há dez dias e, segundo familiares, o ex-companheiro chegou a oferecer ajuda durante as buscas. Porém, Anderson acabou levantando suspeitas dos policiais, já que apresentou declarações contraditórias sobre o desaparecimento.

Ele foi preso provisoriamente e, quando foi interrogado, ele confessou o crime. Em depoimento à Polícia Civil, o acusado alegou que buscou Rosana no trabalho e, após chegar na casa dele, ela teria começado a gritar e a tentar agredi-lo.

Neste momento, ele pegou uma arma para “assustá-la”, sem intenção de usar. O gatilho teria sido puxado durante a confusão. O tiro atingiu a mulher duas vezes na cabeça, que não resistiu e morreu. Logo em seguida, ele enterrou o corpo dela no quintal de sua residência para que o crime não fosse descoberto. Porém, ao confessar o crime, ele apontou o local onde estava o corpo.

A prisão preventiva dele foi convertida em provisória, e Anderson estava na Penitenciária de Tremembé até o momento do julgamento desta quinta.

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