Continua ocorrendo a greve dos caminhoneiros autônomos no Porto de Santos, mas também em outras partes do Brasil. O ato é pacífico, mas vem prejudicando a circulação dos veículos de cargas que entram e saem. Nesta quinta-feira (4) houve um ato e foi necessária a vinda da Polícia Rodoviária Federal.
Um efetivo de 200 policiais chegou para dar fluidez do transporte de cargas nas áreas portuárias. A operação conta com o apoio da Polícia Militar. Segundo o Ministério da Infraestrutura, com base em informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Porto de Santos é quem está com o último ponto de concentração de manifestantes no país, onde há o registro de eventos isolados de vandalismo como forma de intimidação da classe dos caminhoneiros.
Enquanto isso, os caminhoneiros permanecem realizando a greve e pedindo que as reivindicações sejam atendidas. Confia o vídeo abaixo:
Os manifestantes permanecem nas imediações do Porto, sem impedir o acesso de veículos. Eles reivindicam a revisão da política de preços de combustíveis da Petrobras e o retorno da aposentadoria especial da categoria, a partir de 25 anos de serviço.
Ainda de acordo com o Minfra, a Polícia Rodoviária Federal iniciou, na manhã desta quinta-feira, uma operação final para garantir o retorno da normalidade em todo o perímetro que circunda o Porto de Santos. Um efetivo de 200 homens foi destacado e já opera na formação de um grande corredor de segurança desde o acesso aos terminais até a subida da Serra do Mar. A operação conta com o apoio da Polícia Militar de São Paulo, que deve auxiliar no transporte local para as retroáreas do porto.
Respostas
A PRF divulgou uma nota informando que o Porto de Santos é uma área de interesse da União e que está atuando preventivamente para garantir a fluidez do transporte de cargas.
“A manifestação é pacífica e nosso empenho é para que continue pacífica. Nossa presença tem objetivo de fortalecimento da percepção de segurança para que os caminhoneiros possam fazer o seu trabalho de carga e descarga com tranquilidade”, disse a PRF, em nota.
A PRF divulgou, ainda, que denúncias sobre vandalismo e outros atos repressivos podem ser feitas para o telefone de emergência 191, da própria Polícia Rodoviária Federal.
ABTTC
Já a Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres (ABTTC) disse, em nota divulgada nesta quinta, que as empresas seguem impedidas de atuar devido às manifestações.
“O movimento grevista tem inclusive impedido que as empresas atuem utilizando as suas frotas próprias para realizar a retirada de contêineres vazios e a entrega de contêineres cheios nos terminais portuários, ocasionando uma série de prejuízos aos exportadores”, disse no texto.
Já o Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista (Sindisan) informou, por nota, que as empresas de transporte estão retornando gradativamente ao trabalho, após “constatar que há segurança para transitar pelas rodovias da região”.
Além disso, o sindicato disse, também, que as transportadoras de contêineres ainda não voltaram a operar com a sua capacidade total. Mas a expectativa é que isso aconteça o mais breve possível. “A ideia é que nenhum dos elos da cadeia logística do Porto de Santos continue sendo afetado pelos prejuízos que traz uma greve. A hora é de retomada”, finalizou na nota.
Autoridade portuária
A Santos Port Authority (SPA) informou, também por nota, que o acesso ao Porto de Santos flui normalmente nesta quinta-feira. Dessa forma, não há qualquer retenção ao tráfego nem concentração de caminhões parados.
Neste momento, cerca de 80% dos navios atracados operam sem restrições. O restante opera em menor escala, segundo o Minfra, em razão da cautela por parte de transportadoras e embarcadores no acesso ao Porto.
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