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Trabalhadores demitidos de empresa terceirizada protestam no Porto de Santos

Eles pedem o pagamento do salário, rescisões e outros benefícios

O Porto de Santos registrou um protesto nesta terça-feira (23) de trabalhadores da empresa terceirizada, Hidrovias do Brasil, que atua no local. Eles foram demitidos e pedem que seja feito o pagamento do salário do último mês trabalhado, de benefícios e da rescisão de contrato.

O presidente da Associação dos Trabalhadores de Cubatão e Região, Ronaldo Araújo Queiroz, explica que cerca de 250 funcionários foram demitidos pela empresa Método Potencial Engenharia no dia 4 de novembro. Eles estimavam receber a quitação de todos os direitos até o dia 11 de novembro, o que não aconteceu até esta terça-feira.

“São trabalhadores que estão há dois anos sem que o FGTS seja depositado. Além disso, as rescisões não foram pagas, nem o pagamento e o adiantamento salarial do último mês trabalhado. Muitos desses trabalhadores vivem de aluguel, têm família, eles não podem ficar sem receber”, explica Queiroz.

Os trabalhadores prestavam serviços para a Hidrovias do Brasil. Por isso, após a demissão em massa, os funcionários decidiram cobrar da empresa os benefícios devidos.

Segundo Queiroz, nesta terça-feira foi realizada um reunião com o representante da Hidrovias do Brasil, que se comprometeu a destinar cerca de R$ 800 mil, que seriam repassados à Método Potencial Engenharia, ao sindicato que representa os trabalhadores. A previsão é que o pagamento seja feito até esta quarta-feira (24), quando o sindicato estipulará uma data para iniciar o repasse aos funcionários.

No entanto, de acordo com Queiroz, o valor não é o suficiente para quitar todas as dívidas da empresa com os trabalhadores. O valor deve cobrir, apenas, o pagamento dos salários em atraso.

Respostas das empresas

Por meio de nota, a Hidrovias do Brasil informou que, devido a problemas com a empresa Método, está tomando todas as medidas possíveis para garantir que a empresa cumpra com as obrigações trabalhistas aos profissionais que atuavam na obra do STS20.

A Hidrovias do Brasil ressaltou que, apesar do contrato prever que todas as verbas trabalhistas devem ser honradas pela Método, os eventuais créditos devidos ao fornecedor serão depositados em juízo para garantir essas responsabilidades trabalhistas.

Já a empresa Método não se manifestou até o momento.

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