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Baixada Santista não terá um verão tão quente

As chuvas devem vir fortes, mas abaixo da média

Começou nesta terça-feira (21) o verão e na Baixada Santista, além do forte calor, é comum haverem dias de chuvas bem intensas que geram alagamentos e riscos nos morros. Só que de acordo com especialistas, o clima deve ser um pouco mais ameno em relação a outros anos, devido ao fenômeno La Niña.

O Climatempo explica que para esta edição do verão, a Baixada Santista terá sim um verão quente, mas sem ser contínuo. Ou seja, de maneira intercalada e com dias mais frescos. “De modo geral, as temperaturas vão ficar um pouco acima da média, mas não devemos ter longos períodos de dias quentes. Serão intercalados com dias mais nublados e temperaturas amenas. Provavelmente vamos ter episódios de temperaturas mais elevadas, típicas dessa estação”, relata a meteorologista Izabella Oliveira da Costa.

Segundo ela, os meses de janeiro e fevereiro serão os mais quentes. A média histórica desses meses é, respectivamente, de 29,4 °C e 29 °C. Em 2022, essa temperatura deve ficar apenas 1°C acima da média. Em março, a média é de 28,3°C.

Nos dias mais quentes, a temperatura ultrapassará os 30°C, ficando, mais ou menos, em torno de 33°C, número comum para essa época do ano. Desta forma, apesar de alguns dias atingirem altas temperaturas, isso não ocorrerá por longos períodos, por isso, essa estação não deve ser com dias de calor intenso. O verão termina às 12h33 do dia 20 de março de 2022, quando começa o outono.

Chuvas

De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Santos, Daniel Onias, a estação mais quente do ano será marcada porchuvas irregulares e intensas, devido ao fenômeno La Niña, que age com o resfriamento das águas do Pacífico Equatorial.

“Esse fenômeno acaba trazendo muita chuva para o Nordeste e o Norte, como temos observado nos últimos dias, e tempo mais seco no Sul. No Sudeste, é intermediário, deixa o tempo mais irregular, contribui com as Zonas de Convergência do Atlântico Sul, o que faz com que muita umidade da Amazônia venha para nossa região”, explica.

Segundo ele, as chuvas podem causar, em pouco tempo, alagamentos e enchentes e até promoverem chuvas de granizo. A média dos últimos 25 anos em Santos é de 334,1 mm em janeiro; 290,2 mm em fevereiro; e 271,8 mm em março. Neste ano, a previsão é que o acumulado de chuvas permaneça dentro dessa média ou um pouco abaixo, mesmo com a ação do fenômeno La Niña.

Contudo, as chuvas repentinas podem vir acompanhadas de raios e trovões, o que coloca em risco a vida de banhistas que estão na praia e são surpreendidos pela chuva. Além disso, a precipitação intensa pode afetar as áreas de risco em toda a região.

“Para quem mora nas encostas, a preocupação é com o acumulado de chuvas, que vai encharcando o solo, o que aumenta o risco de deslizamentos. Começamos a operar no final da primavera o Plano Preventivo da Defesa Civil, em conjunto com a Defesa Civil estadual. Acompanhamos a previsão meteorológica, acumulado de chuva e fazemos vistorias frequentes nas áreas de risco, alertando a população quando necessário”, esclarece.

Maré

Para os primeiros dias da nova estação, a Baixada Santista tem a tendência de mar agitado devido à presença de um novo ciclone na costa. Nestes dias, há risco para ressaca com ondas de até 2 metros. Para a virada do ano, os especialistas indicam que o mar também fique agitado por causa de uma nova frente fria que passará pela região.

Izabella explica que são muito comuns frentes frias e outros sistemas sinóticos atuando ao longo de toda a estação. Esses sistemas, além de trazerem precipitação para o litoral de São Paulo, também deixam o mar agitado, o que é típico para a época.

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