Há décadas que a população santista ouve o projeto da ligação entre as zonas Leste/Noroeste por meio do túnel. Mais uma oportunidade dele sair do papel foi divulgada após a construção ser incluída no pacote de obras a serem executadas em Santos, por conta da desestatização do Porto de Santos.
Ao todo a desestatização vai gerar R$ 16 bilhões e vão contemplar também o túnel submerso entre Santos e Guarujá, além do Viaduto da Alemoa, para ampliar o setor industrial. O anúncio foi confirmado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, ao prefeito Rogério Santos (PSDB). A novidade foi anunciada, durante a visita da autoridade ao Paço Municipal. Na oportunidade, ele apresentou o modelo previsto pelo Governo Federal para a desestatização do Porto de Santos.
A grande novidade no encontro foi a inclusão do túnel que liga as Zonas Leste e Noroeste dentre os investimentos no Município, como contrapartida pela desestatização. O pedido foi feito pelo chefe do executivo santista em dezembro do ano passado, em audiência com o ministro.
“Essa reunião demonstra a nossa preocupação com projetos sustentáveis, com foco nos aspectos social, econômico e ambiental. É mais um passo importante para reforçar a relação entre o Porto e a Cidade”, disse o prefeito Rogério Santos. Além disso, ele também recebeu do ministro a garantia da preocupação com o trabalhador portuário avulso e uma de dedicação especial à revisão de uma área de cais público.
A desestatização do Porto
A reunião entre as autoridades destacou ainda a futura elevação da capacidade portuária, passando de 150 milhões para 290 milhões de toneladas neste novo modelo. A outorga de desestatização também permitirá a revitalização da orla portuária e a criação de mais de 60 mil empregos, segundo o ministro.
Tarcísio salientou a preocupação do governo federal com o maior Porto da América Latina e os investimentos devem chegar até R$ 30 bilhões, entre contratos de concessão e desestatização. “Nosso encontro foi diretamente voltado para resoluções históricas, como a construção de praticamente uma via expressa da Imigrantes até o Guarujá. Nosso objetivo é criar empregos e não suprimir. Com tanto investimento acontecendo, o resultado não poderá ser diferente”.
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