Para os amantes do esporte, o futebol é a principal modalidade do planeta, pois além de agregar todos os povos de difrentes culturas, crenças e origens, também é capaz de promover desenvolvimento social e uma perspectiva de vida. Além disso, seria um bom entretenimento para famílias e a sociedade em geral. No entanto, tudo isso foi jogado fora porque a violência e a intolerância deram as caras.
Nos últimos três dias o futebol brasileiro registrou quatro ataques absurdos e que poderiam terminar em tragédia ainda maior e com mortes. Agressões, veículos danificados, invasões de campo e até mesmo uso de explosivos puderam ser constatados. Se já não bastasse o mundo acompanhar com tamanha tristeza a guerra na Ucrânia, por causa da invasão da Rússia, agora pessoas que se entitulam ‘torcedores’ resolveram provocar barbáries.
Somente nesta semana quatro casos graves que colocaram em risco a vida de atletas, comissão técnica e dos torcedores ocorreram. Primeiro na quinta-feira (24), um ataque ao ônibus do Bahia deixou jogadores feridos. O goleiro Danilo Fernandes sofreu cortes no rosto, perto do olho, e foi parar no hospital. Mesmo assim, o time foi a campo – e venceu – o Sampaio pela Copa do Nordeste.
Também na quinta, mas pela Copa do Brasil, o Náutico, que voltava do Tocantins após a eliminação da competição, divulgou imagens de van que transportava os atletas com vidros quebrados após protestos. Por sorte ninguém ficou ferido.
Sábado de caos
Só que foi nesse sábado (26) que casos graves aconteceram nos gramados brasileiros. Em Porto Alegre, o Gre-Nal de número 435 seria realizado no Beira Rio, casa do Internacional. Mas o jogo não conteceu porque o ônibus que levava a delegação do Grêmio foi apedrejado. Quem levou a pior foi o jogador paraguaio Villasanti. Uma pedra atingiu a cabeça do jogador, provocando concussão e ferimentos. Ele precisou ser hospitalizado e o jogo do Campeonato Gaúcho foi adiado.
Já no Campeonato Paranaense, o Paraná Clube perdeu em casa para o União por 3 a 1 e foi rebaixado para a segunda divisão do estadual. A ira da torcida foi tão espantosa que aos 40 minutos do segundo tempo, torcedores invadiram o campo. Os atletas correram para os vestiários, e a confusão foi generalizada. Bombas foram estouradas em campo. A polícia chegou a atirar balas de borracha contra o torcedores. O jogo foi interrompido, e os jogadores não retornaram.
Após tamanhas cenas de barbaridade ocorridas pelo Brasil, estão mais do que necessárias medidas mais rigorosas de segurança, dentro e fora dos estádios e arenas. Não dá mais para tolerar que torcedores, principalmente de organizadas, façam o que querem e provoquem risco à integridade fisica, seja dos jogadores, da comissão técnica ou dos dirigentes.
Os próprios clubes e principalmentes os atletas devem se mobilizar não somente para protestos, mas em criar leis mais rigorosas e eficazes para punir os agressores. A união dos jogadores é justa, por uma razão óbvia: eles não têm segurança no trabalho. Mas o plano de segurança tem de ser cobrado também pelos clubes aos governos municipal, estadual e federal.
Futebol precisa gerar emprego e pagar imposto. Para isso, precisa levar mais gente aos estádios, o que só será possível no dia em que houver segurança para quem se senta nas arquibancadas e para quem simplesmente deseja trabalhar.
Com informações do GE
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