Praia GrandeSão Vicente

Polícia descobre “escritório de fraudes” na Baixada

As buscas e apreensões foram feitas em Praia Grande e São Vicente

Na quarta-feira (16) policiais da 1ª Delegacia de Investigações Criminais (DEIC) deram continuidade a operação “Conteiros 2” na Baixada Santista. O objetivo foi identificar organizações criminosas atuantes nos crimes de roubo, extorsão e lavagem de dinheiro.

Segundno a Polícia Civil, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão nas cidades de São Vicente e Praia Grande. Nesta última, os policiais descobriram que uma casa era utilizada como “escritório de fraudes”. Na residência, os policiais civis encontraram vasto material eletrônico utilizado para enganar pessoas e instituições bancárias com crimes realizados através de WhatsApp.

Foram identificados responsáveis e colaboradores que cedem contas bancárias para efetivação dos depósitos das vítimas. Cinco pessoas foram conduzidas à delegacia.

“Conteiros é o nome atribuído àquelas pessoas que cedem contas bancárias, principalmente oriundas de instituições financeiras que agem somente no mundo digital, para receber dinheiro oriundo de atividade criminosa, seja ela roubo, extorsão ou estelionato. A grande maioria das vezes, crimes praticados em ambientes eletrônicos, por isso a denominação da operação”, explica o delegado titular do Deic, Luiz Ricardo Lara.

Segundo a autoridade policial, além daqueles que praticam efetivamente os crimes, essas pessoas que cedem as contas são tão responsáveis quanto os outros suspeitos, e estarão sujeitas às responsabilidades penais, na medida em que tenham recebido dinheiro vindo de atividade ilícita. “Na sexta-feira passada, a Polícia Civil cumpriu mandado de busca em São Vicente. Lá, foi encontrada uma central nos mesmos moldes da encontrada hoje”, afirma Lara.

Como ocorria o crime?

O delegado Leonardo Amorim Rivau reforçou que a operação desta quarta se deu baseada nos ‘conteiros’. “Muitos deles acabam efetuando o próprio saque, ou transferido o dinheiro para terceiras e quartas contas, para tentar dificultar a investigação”, explica.

De acordo com Rivau, na casa utilizada como “escritório de fraudes”, um dos suspeitos usava uma técnica específica para obter os dados das vítimas. Segundo o delegado, o criminoso disparava diversas mensagens de SMS para as vítimas, que quando clicavam no link, abriam uma página falsa na internet, onde preenchiam e forneciam os dados. Os bandidos utilizavam esses dados de diferentes formas, seja vendendo essas informações ou captando o internet banking das vítimas.

Segundo a autoridade policial, parte significativa dos ‘conteiros’ é aliciada pelos criminosos por meio das redes sociais. Todo o material apreendido na ocorrência será periciado, e as investigações prosseguem para identificar todos os envolvidos nos crimes.

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