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Julgamento do caso do ‘Maníaco da Peruca’ acontece no Fórum de Santos

O homem ficou famoso por usar uma peruca ao matar funcionários de uma clínica dentária entre 2014 e 2015

Está previsto para acontecer nesta terça-feira (5) o julgamento do dentista Flávio do Nascimento Graça, de 39 anos, conhecido como o ‘Maníaco da Peruca’. Ele é acusado de matar três pessoas que trabalhavam em uma clínica dentária em Santos entre os anos de 2014 e 2015. O júri popular será realizado no Fórum de Santos.

O suspeito ficou famoso por ser o ‘Maníaco da Peruca’, porque sempre que iria cometer os crimes usava uma peruca, como intenção de não ser reconhecido. Flávio é apontado como autor de três homicídios dolosos e duas tentativas de homicídio contra os donos e uma ex-funcionária da Clínica Americana. Depois de analisar imagens de monitoramento, a polícia descobriu que Flávio monitorava os passos das vítimas. Elas faziam parte de um consultório dentário concorrente ao dele, localizado na mesma rua.

Segundo as investigações, o motivo pelos crimes terem sido cometidos por Flávio era por conta de vingança, já que o consultório dentário dele entrou em falência e ele acreditava que a concorrência foi o motivo. Depois de ter matado, o suspeito esteve foragido, sendo encontrado e preso em 2019.

Flávio é apontado como autor de três homicídios dolosos e duas tentativas de homicídio contra os donos e uma ex-funcionária da Clínica Americana. Depois de analisar imagens de monitoramento, a polícia descobriu que Flávio monitorava os passos das vítimas. Elas faziam parte de um consultório dentário concorrente ao dele, localizado na mesma rua.

O júri popular

O pedido para que Flávio vá a júri popular foi analisado e deferido pelo juiz titular da Vara do Júri e Execuções do Foro de Santos, Alexandre Betini, após dois laudos de sanidade mental do réu apresentarem resultados diferentes. Os exames foram pedidos após Flávio alegar que não lembrava do que tinha acontecido, durante seu depoimento à Justiça.

Diante disso, a defesa do réu pediu exame de sanidade mental por acreditar que ele tinha problemas psiquiátricos. O laudo solicitado foi assinado por dois médicos psiquiatras, peritos da Justiça, e atestou que Flávio tem esquizofrenia. No entanto, durante os exames, um perito do Centro de Apoio Operacional à Execução acompanhou o acusado e, com isso, emitiu um novo laudo.

O documento do perito do Ministério Público concluiu que o réu é inteiramente capaz de entender o que fez e afirma que Flávio não preenche os critérios para o diagnóstico de nenhum transtorno mental, inclusive esquizofrenia. Com a dúvida de ambos os laudos, o juiz decidiu que Flávio fosse a júri popular. A decisão foi publicada no Diário de Justiça Eletrônico no dia 22 de junho de 2020.

Acusação e defesa

De acordo com o assistente de acusação Alex Ochsendorf, o júri irá provar que Flávio tinha sim a intenção de matar. “A expectativa é derrubar a tese de que o réu se esconde através de um laudo psiquiátrico, alegando que não tinha a capacidade de cometer os crimes. Mas uma pessoa que planeja os mínimos detalhes os crimes e  após cometê-los, se esconde fazendo troca de dólar e se esconder em diversas cidades, demonstra claramente a intenção de que sabia o que estava fazendo”, explica.

Já o advogado de defesa, Eugênio Malavasi alega que a intenção é comprovar que o réu não tinha a capacidade de cometer tais crimes, já que os laudos psiquiátricos e a perícia atestaram que ele sofria de problemas mentais.

Até o momento, testemunhas consideradas peças chaves ainda estão sendo aguardadas. “Estamos buscando a testemunha para dar início ao julgamento e buscar as resoluções do caso, que deve durar dois dias”, explica Eugênio.

Três testemunhas ainda estão sendo esperadas para comparecer no júri popular.

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