O caso do coronel da Polícia Militar que cometeu assédio sexual contra a ex-soldado Jéssica Paulo do Nascimento, que trabalhava em Praia Grande, ganhou um novo capítulo. O acusado se tornou réu novamente pelo mesmo crime. Mas desta vez o processo é contra outra soldado, onde ele cometeu ato libidinoso, ameaça e constrangimento.
Segundo informações, este novo caso contra a outra soldado teria acontecido antes da ação contra a ex-PM Jéssica. Na ocasião ele teria praticado três vezes o ato libidinoso contra a soldado e ainda consumou o assédio sexual. Em seguida, realizou ameaças somado com constrangimento.
O Ministério Público apresentou a denúncia ao Poder Judiciário no último dia 7 de março, sendo aceita pelo juiz no dia 29. Agora o magistrado da 3ª Auditoria da Polícia Militar, com quatro oficiais coroneis formarão o Conselho para julgar os crimes cometidos pelo coronel.
Depois as partes serão ouvidas e a audiência está prevista para acontecer no dia 5 de maio. A defesa do coronel não se manifestou até o momento.
Relembre
A ex-soldado Jéssica começou a sofrer investidas do coronel em 2018, após ele assumir o Comando do Batalhão da Sul de São Paulo. Ele convidou a ex-PM para sair, mas ela recusou alegando ser casado. Só que ela passou a sofrer perseguições, ameaças e ainda sabotagens. Assim, ela pediu uma licença e ficou dois anos sem salários.
Então ela mudou-se para Praia Grande, onde tentou se transferir para trabalhar na cidade. No entanto, no dia 25 de março de 2021, voltou a sofrer assédio, mas de maneira agressiva após receber a ligação do tenente-coronel. Ela iria falar com ele sobre a transparência, mas ele a convidou para ir a um motel. Novamente ela negou e o oficial passou a ameaçá-la de estupro e morte.
Então a ex-soldado fez a denúncia, que resultou no afastamento e a abertura de um processo disciplinar. Ele permanece com o processo, tanto na Justiça Militar, como na Justiça Comum. Contudo, no dia 17 de julho, ele foi promovido para coronel.
Em nota, a Polícia Militar informou que o coronel se aposentou pelo tempo de serviço e houve ratificação no Diário Oficial do Estado de São Paulo. Em relação ao inquérito, a PM afirmou que o processo continua em segredo de Justiça.
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