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Professores de Cubatão realizam greve de 24 horas

A exigência dos profissionais é que haja o reajuste de 22,03% no salário

Nesta terça-feira (19), os professores da rede municipal de Cubatão entraram em greve por 24 horas. De acordo com a categoria, o motivo do protesto é para reivindicar o reajuste de 22,03% de perdas salariais acumuladas nos últimos três anos, além de melhores condições de trabalho.

Pela manhã, os professores fizeram uma reunião na porta do Paço Municipal de Cubatão e tiveram o apoio de mães e dos alunos. Diversas faixas e cartazes, puderam ser vistas durante o protesto. No local, foi realizada a arrecadação de mantimentos aos servidores de São Vicente, que tiveram descontos na folha de pagamento. Também aconteceu a exibição de documentários e rodas de conversas.

Segundo o Sindicato dos Professores Municipais de Cubatão (SindPMC), várias escolas ficaram 100% paralisadas nesta terça-feira. As UMEs João Ramalho, Alagoas e Mário de Oliveira são alguns exemplos de forte adesão.

A categoria reivindica 22,03%, que é o índice de perdas salariais acumulados após três anos sem aumento. O prefeito de Cubatão, Ademario Oliveira, oferece 10,06% e, de acordo com o sindicato, está ignorando outros 10 pontos da pauta de reivindicações.

Justificativa

Os professores dizem que há erros no pagamento de centenas de profissionais, o sucateamento das escolas e a superlotação das salas de aula. Além disso, o pagamento dos professores de Educação Infantil I está abaixo do Piso Nacional do Magistério e há falta de profissionais de apoio para a educação inclusiva.

Paula Albuquerque, presidente do Sindicato, diz que a paralisação é um ato de repúdio. “Quem trabalha na Educação está literalmente cansado. Nosso protesto é o grito dos professores. A gente espera que os governantes nos olhem com mais atenção”, desabafa.

Ainda de acordo com a mandatária, o protesto também reivindica a garantia do piso salarial dos professores de creche. Ela diz que uma parte desses profissionais não recebeu o salário completo referente ao mês de março. “É um descaso total com a nossa classe”, acrescenta.

Por volta das 11h30, os professores sairam do Paço Municipal e seguiram em passeata até a Avenida Nove de Abril.

Resposta da Prefeitura

Em nota, a Prefeitura de Cubatão informou que fez uma proposta à categoria que é possível de ser honrada, uma vez que todo reajuste tem impacto sobre a previdência. A Seges destacou que as categorias que estão na faixa salarial mais baixa contarão com reajuste de 12% a 15% e que foi concedido reajuste das funções gratificadas e na VPNI (Vantagem Pessoal Nominal Identificada). A administração também avançou para reduzir em 10% a contrapartida do vale refeição.

Já a Secretaria Municipal de Educação afirmou que não há superlotação de salas de aula nas escolas da rede e disse que há 214 profissionais de apoio na rede de ensino. Considerando que há normativa indicando que cada profissional de apoio pode atender até 3 alunos, a rede estaria defasada em apenas 14 profissionais que já estão em fase de contratação.

A Seduc destacou ainda que as unidades escolares contam com profissionais de educação especial em todas as áreas para o Atendimento Educacional Especializado.

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