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Defesa de Válter Suman entra com habeas corpus para que prefeito tenha as medidas cautelares suspensas

O prefeito afastado segue investigado pela Polícia Federal por liderar uma organização criminosa

A defesa do prefeito de Guarujá, Válter Suman (PSDB), que segue afastado do cargo, entrou com pedido de habeas corpus ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ). A solicitação é que todas as medidas cautelares que o chefe do executivo está cumprido sejam suspensas. Ele permanece sendo investigado por ser suspeito de liderar uma organização criminosa.

As medidas cautelares determinadas pelo desembargador Nino Toldo são a proibição de sair do país, entrega do passaporte, proibição de se ausentar da comarca da residência por mais de 5 dias sem autorização da Justiça, proibição de acessar os prédios da prefeitura de Guarujá e também o uso da tornozeleira eletrônica. Tanto Válter Suman, quanto a esposa Edna Suman, colocaram no início deste mês.

No pedido de habeas corpus, o advogado Edson Asarias Silva pede a recondução de Válter Suman ao cargo. Além disso, também pede a suspensão de todas as medidas cautelares, pedindo o direito de locomoção e liberdade, de ir e vir. Assim, não há o risco da decretação da prisão preventiva.

As investigações

Os principais investigados pela PF são Válter Suman , a esposa dele Edna Suman, e um empresário que era responsável pela administração de unidades de saúde da cidade. A suspeita da PF é que a organização criminosa era liderada pelo casal Suman, e o responsável pelas transações seria o secretário afastado de Educação, Marcelo Nicolau.

O empresário Almir Mattias, suspeito de envolvimento no esquema de corrupção teria desviado 70% do valor que recebeu para gerenciar os serviços públicos da saúde. Entre os R$ 153 milhões pagos para investir na área, ele ficou com R$ 109 milhões.

Durante os anos de 2018 e 2021, Mattias representava uma organização social contratada pela prefeitura de Guarujá para gerencias as principais unidades de saúde da cidade. Porém, segundo o delegado da PF Isalino Antonio Giacomet Junior, além do superfaturamento, não houve prestação de serviço.
Segundo a PF, uma parte do valor desviado por Mattias foi para tentar impulsionar a própria carreira de cantor, e outra parte para empresas relacionadas à dele, como R$ 12 milhões destinados para um salão de beleza.
Válter Suman nega esta proximidade com o cantor, embora registro de conversas entre o prefeito, a primeira-sama Edna Suman e Almir teriam vazado.

Desvio na educação

Os policiais federais descobriram outro esquema de desvio de dinheiro enquanto investigavam as operações da saúde. Pelo menos R$ 30 milhões foram desviados da educação, por fraudes na compra de merenda escolar.

Um edital no valor de R$ 15 milhões foi fechado com a empresa Armazém 972, contratada para fornecer a merenda. De acordo com as investigações, a contratada também entregava propina ao casal Suman, que apelidou a ação de “doação para campanha”.

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