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Médico se defende de acusações de ter agredido criança

Ele foi afastado até que as investigações sejam concluídas

O médico suspeito de agredir uma criança durante atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Samambaia, em Praia Grande, se defendeu das acusações que sofreu. Por causa disso ele foi afastado de todas as funções até que todos os fatos fossem apurados.

Nas palavras dele tudo isso fez com que ‘manchasse a honra dele’. Ele alega que as agressões nunca aconteceram e conta que a família chegou dizendo que o menino foi atropelado. Assim ela foi à sala de medicação e o pediatra apareceu.

Só que na hora de seguir com o atendimento, o medico explica que o menino estava acompanhado da tia. Segundo o médico, ele estava muito agitado, devido aos ferimentos, e ela não o ajudou a acalmá-lo. Por isso, a criança não ouvia o especialista. “Eu dizia: você precisa me ouvir, eu preciso te olhar, te examinar”, conta o profissional.

Questionado sobre o possível tapa no rosto, ele respondeu que segurou a cabeça do menino para analisar um ferimento no rosto. A criança estava tão agitada que batia a cabeça contra a parede e, na tentativa de impedir mais ferimentos, ele teve que colocar a mão na cabeça, de maneira mais firme, o que fez alusão à agressão citada. O médico ainda relatou que foram necessárias cinco pessoas para segurar a criança, incluindo a mãe, que foi chamada após a tia sair do consultório alegando as agressões.

Desfecho

O especialista diz que foi orientado, pelo segurança da UPA, a esperar um pouco antes de chamar a família para retornar ao consultório após a realização dos curativos, pois o pai do menino havia chegado no local e estava alterado. Por isso, ele decidiu atender outras duas crianças que também estavam aguardando na unidade.

Ao fim das duas consultas, ele chamou a família para concluir o atendimento, contudo, eles haviam ido embora, sem receita médica ou o encerramento dos procedimentos, e retornaram em alguns minutos com a Polícia Militar.

O médico conversou com os policiais e explicou o caso. Segudo ele, a enfermeira não confirmou as informações à Polícia e não foi autorizada pela direção do hospital a falar, fato que diverge novamente da versão apresentada pela mãe, que afirma que a profissional a ajudou e confirmou a agressão aos agentes.

Após o ocorrido, a Polícia Civil passou a investigar o caso. O profissional diz que exige uma retratação pública da família e que está analisando o andamento da apuração dos fatos com os advogados dele.

Resposta da Prefeitura

A Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande afirmou que solicitou o afastamento do profissional até o fim da apuração dos fatos. O médico, que estava trabalhando na linha de frente em enfrentamento à Covid-19, disse que está decepcionado com a direção da UPA Samambaia e que as acusações acabaram causando prejuízo financeiro e à sua conduta profissional.

“Não teve nenhum tipo de negligência da minha parte. Eu me sinto injustiçado, decepcionado. Nunca tive esse tipo de acusações na minha carreira. Isso se chama destruição de reputação. Mancharam minha honra”, lamenta.

Em nota, o escritório de advocacia responsável pela defesa do médico, emitiu uma nota sobre o ocorrido. Confira na íntegra:

“O escritório repudia as acusações feitas contra o nosso cliente. Tudo parece tratar-se de uma inversão de valores. Um médico, no exercício de seu trabalho, cuidando e salvando vidas, não pode ser irresponsavelmente tachado de criminoso. Isto traz consequências graves, ainda mais se tratando de pessoa inocente. O médico responsável pelo atendimento em nenhum momento extrapolou os devidos cuidados durante o atendimento e, com toda técnica, tratou da criança. Agora, sofre infundadas acusações. Medidas judiciais serão tomadas para que a verdade venha à tona e que os verdadeiros irresponsáveis sejam responsabilizados”.

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