

Um bombeiro que estava de folga matou um salva-vidas temporário em Mongaguá. O crime aconteceu numa avenida da cidade e quando foi detido pela Polícia Civil, o suspeito disse que seria assaltado. Só que uma outra hipótese do crime aconteceu e é por conta de um caso extraconjugal.
Segundo informações, o crime ocorreu no bairro Vera Cruz, quando a Polícia Militar foi acionada depois de um morador ouvir o disparo de uma arma de fogo. Quando chegaram, encontraram o bombeiro na rua e informou que policial militar e que atuava no Posto 3 do Grupamento de Bombeiros Marítimos (GBMar), em Mongaguá.
O suspeito disse no começou que estava dirigindo o carro dele na avenida Mario Covas Junior e entrou na Alameda Umuarama, na pista sentido morro. Ele percebeu que estava sendo perseguido por um homem em uma motocicleta e, na altura do numeral 162, parou o veículo e desceu para verificar porque o motociclista o estava seguindo.
O homem desceu da moto e veio em direção ao bombeiro. Ele disse que pediu para que o homem não se movesse e, como pensou que seria roubado, atirou na direção dele. O guarda-vidas foi atingido no rosto e caiu na via. Depois do tiro, o bombeiro percebeu que o homem se tratava de um colega de trabalho.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para socorrer o rapaz, mas quando chegou, o homem já estava sem vida. A perícia foi acionada e o corpo do rapaz foi encaminhado para Instituto Médico Legal (IML) de Praia Grande. O caso foi registrado na Delegacia Sede de Mongaguá, onde a equipe de investigação já começou a apurar os fatos.
A outra versão
Em depoimento, o bombeiro que atirou e matou o salva-vidas deu depoimento, mas mudou a versão dos fatos. Antes ele alegou que estava sendo seguido, mas agora a informação foi que ele estava com uma mulher no momento do crime.
A Polícia Civil encontrou a mulher de 37 anos. Segundo o advogado de defesa da família de Muller, Renato Donato, ela era namorada da vítima, mas também saía com o bombeiro.
Na delegacia, ela contou que mantinha um relacionamento amoroso com o guarda-vidas temporário, com quem ‘ficava frequentemente’, e que também mantinha o mesmo relacionamento com o militar. Ela contou às autoridades que combinou de sair com o suspeito naquela noite. No local marcado, o militar entrou no carro dela e eles seguiram pela cidade até a Alameda Umuarama.
Segundo ela, quando eles pararam o carro, o rapaz que estava na motocicleta tirou o capacete e ela percebeu que se tratava de Muller. O bombeiro mandou que ela ‘arrancasse com o carro’, no entanto, ela não conseguiu ligá-lo.
O motociclista se dirigiu para a frente do carro e caminhou na direção do bombeiro. Ele mandou o homem parar e disparou contra ele na sequência. Depois disso, conforme a Polícia Civil, o militar e a mulher saíram do local e seguiram para onde o carro dele estava. Ele ainda teria mandado a mulher ir embora. Em seguida, o suspeito retornou ao local do crime sozinho.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o caso é investigado pela Polícia Civil e que a Polícia Militar acompanha as investigações. O bombeiro foi preso em flagrante e encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes, onde aguarda audiência de custódia.
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