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Saúde da mente da mulher deve ser cuidada

Os estereótipos pregados pela sociedade podem ser prejudiciais

Em tempos em que a importância da mulher aumentou, onde vários direitos foram conquistados, também cresceram os papéis impostos pela sociedade. O Dia Internacional da Mulher além de homenagens, também desperta a necessidade dos cuidados que elas devem ter, além do respeito.

Por isso se torna cada vez mais necessário cuidar da saúde da mente de cada uma. Diante de tamanhas obrigações, multitarefas e outros deveres, isso acaba fazendo com que haja um adoecimento psicológico

A persona da “mulher-maravilha”, considerada como a ideal pelo modo de vida contemporâneo, acaba sobrecarregando este ser humano que, como qualquer outro, também precisa de cuidados, atenção e espaço para ter uma vida plena. Com tanta pressão externa para cumprir as diversas tarefas, isso gera um sufoco e o risco para que problemas psicológicos, como ansiedade, transtornos alimentares e depressão sejam desenvolvidos.

Pesquisa

Mas o outro lado dessa moeda é a dificuldade de pedir ajuda. Segundo um estudo conduzido pelo Instituto de Pesquisa da Saúde da Mulher da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, aponta que as mulheres são mais propensas a se sentirem estigmatizadas ao buscar assistência para um problema de saúde da mente. Na prática, elas tendem a confiar muito mais nas opiniões do mundo exterior, do que os homens. Só que a consequência é que pleitear apoio são evitados, porque querem evitar julgamentos de terceiros.

Esse estigma é maior entre as mulheres negras, de acordo com levantamento da Johns Hopkins Medicine. O estudo relata que embora as mulheres tenham duas vezes mais probabilidade de sofrer de depressão grave, negras têm metade da probabilidade das brancas de pedir ajuda a um profissional de saúde da mente. Os pesquisadores acreditam que a cultura das comunidades historicamente minorizadas pode ser um obstáculo, porque apresenta, em certa medida, as mulheres como seres “fortes e inabaláveis”, colocando as necessidades de seus entes queridos acima das suas.

As consequências de doenças

Mas na prática, a depressão, ansiedade, sofrimento psicológico, assédio sexual e violência doméstica afetam mais as mulheres do que os homens no mundo. A prevalência de doenças graves da mente é quase 70% maior nas mulheres; elas têm duas vezes mais chances de ser afetadas pelo Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), depressão e síndrome do pânico, segundo a organização americana Anxiety and Depression Association of America (ADAA).

Já em relação aos transtornos alimentares, elas têm quase dez vezes mais probabilidade do que os homens de serem afetadas. Pesquisadores da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmam que mulheres que foram expostas a abusos sexuais quando crianças – ou a um parceiro violento quando adultas – são diagnosticadas com depressão em uma taxa muito maior.

Diante desse cenário, um grande passo para combater esse problema reside na melhora do diagnóstico e do tratamento das condições de saúde da mente feminina. Um dos pilares é a educação, ou seja, fornecer informações de qualidade sobre os transtornos e os tratamentos, além de ações de autocuidado – que podem ser tomadas para prevenir e diminuir a incidência dos diversos transtornos. Para evitar o sofrimento psíquico, é necessário criar momentos para observar os sentimentos, as emoções e os pensamentos que estão dentro de nós. Por isso é necessário também, falar mais, refletir e transformar o cenário da saúde da mente delas.

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