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Guarda Municipal se nega a usar máscara e agride paciente

Ele ainda ameaçou as pessoas com um revólver

Quem deveria dar o exemplo, resolveu agir de forma contrária e ainda ameaçou as pessoas. Em Praia Grande, um guarda municipal não usou a máscara, apesar dos pedidos dos pacientes de uma unidade de saúde, e pra piorar ainda agrediu um paciente. Ele também fez ameaças a outras pessoas com uma arma.

Uma paciente que não quis se identificar explicou que o caso ocorreu na Unidade de Pronto Atendimento Quietude, por volta de 20h deste sábado (13). Ela, que estava acompanhada do pai, viu o momento em que o guarda civil municipal chegou ao local com outros dois colegas. Os três estavam fardados.

O guarda estava no local para ser atendido após um pico de pressão alta durante o serviço. Segundo a testemunha, ele já chegou na unidade de saúde aparentando irritação. “Parecia que ele não queria passar no médico. Os colegas diziam à ele que tinha que passar sim”, recorda.

Enquanto estava na fila para ser atendido, com a máscara no queixo, o guarda civil municipal foi alvo de reclamações dos pacientes da unidade de saúde. Eles pediam que ele usasse o item de proteção adequadamente. Irritado, ele agrediu uma jovem paciente que estava na fila, atrás dele.

Neste momento, pacientes e profissionais da unidade de saúde se mobilizaram para atender a jovem, que caiu no chão após ser agredida. O guarda foi, novamente, alvo de reclamações e indignação por parte das pessoas que estavam no local. Ele chegou a sair da unidade de saúde e ficar na calçada.

No entanto, minutos depois, de acordo com o relato da testemunha, ele voltou ao pronto-socorro já com uma arma em punho ameaçando a todos, mas não chegou a atirar em ninguém.

Prefeitura de Praia Grande

Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Praia Grande informou que a Guarda Civil Municipal está acompanhando o caso e prestando todo acolhimento e atendimento necessário ao guarda. “Válido destacar que um processo administrativo será instaurado para analisar de forma oficial o ocorrido”, disse.

Associação dos Guardas Municipais

Por meio de nota, Rodrigo Coutinho, presidente da Associação dos GCM’s da Baixada Santista (AGCM), disse que o guarda estava de serviço no momento do ocorrido, que não estava se sentindo bem e acabou tendo um surto emocional, devido ao estresse do trabalho e problemas familiares. Por isso, infelizmente, acabou causando um pequeno tumulto no local.

Não houve nenhum ferido durante a ocorrência e após o Guarda Civil se acalmar, foi transferido por uma viatura da GCM até o Hospital Irmã Dulce, onde passou pelo médico, recebeu as medicações necessárias e foi liberado.

O presidente da associação ainda disse que o guarda tem mais de 50 anos e sempre foi exemplo de disciplina e conduta dentro da corporação. O comando da GCM está acompanhando de perto o caso e desde o início está dando todo o apoio necessário ao guarda.

Coutinho ainda disse que GCM de Praia Grande é referência e que os agentes possuem treinamento constante e passam por psicológicos credenciados pela Polícia Federal para terem direito ao porte de armas.

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