

Três cidades da Baixada Santista não vão começar a vacina contra a Covid-19 em idosos com 64 anos ou mais. Itanhaém, Mongaguá e Peruíbe estão com problemas porque faltam doses para a imunização. Todo o Estado de São Paulo começou a vacinar este público nesta sexta-feira (23), mas os três municípios não iniciaram e pra piorar não tem previsão.
Em Itanhaém, a Prefeitura explica que existe uma defasagem de cerca de 30% para aplicação da primeira e segunda dose da vacina contra a Covid-19. Atualmente, a cidade está vacinando os idosos acima de 67 anos, mas não possui imunizantes suficientes para vacinar todas as pessoas nesta faixa-etária.
Já a segunda dose está sendo aplicada em idosos que receberam a primeira dose no dia 26 de abril. O município recebeu 950 vacinas da CoronaVac, para diminuir o déficit vacinal, que atualmente é de cerca de 2 mil doses. No sábado (24), segundo a prefeitura, os profissionais da saúde receberão a segunda dose da vacina de Oxford.
Mongaguá
A Administração Municipal explica que até mesmo a vacina para idosos com 65 anos está paralisada. No entanto, a distribuição da segunda dose da Coronavac segue normalmente no município para idosos a partir de 69 anos, assim como a imunização da primeira dose para profissionais da educação.
Segundo a prefeitura, por conta do déficit, o município não conseguiu acompanhar o calendário estadual e não há doses para o início da imunização de pessoas a partir de 64 anos.
Peruíbe
A Prefeitura informou que não paralisou a vacinação e segue imunizando idosos a partir de 67 anos. Contudo, a vacinação desta faixa etária será concluída em breve e ainda não foram recebidas novas doses para imunizar o próximo grupo. O município recebeu, na última quinta-feira (22), novas doses da CoronaVac para aplicar a segunda dose dos que foram vacinados há 28 dias.
De acordo com a cidade, o problema está sendo a falta do envio da vacina CoronaVac para aplicação da segunda dose, pois, sem concluir a imunização de um grupo não é possível iniciar a vacinação de uma nova faixa etária.
Por conta do déficit da quantidade de vacinas, as próprias administrações municipais de Peruíbe e Itanhaém estão entrando em contato com os moradores para avisar aqueles que podem receber a primeira ou a segunda aplicação do imunizante contra o novo coronavírus a fim de evitar filas, aglomerações e que pessoas retornem para casa sem receber a vacina.
Resposta do Governo do Estado
Em nota, o Governo do Estado disse que os municípios devem cobrar o Ministério da Saúde para que mais vacinas contra Covid-19 sejam enviadas ao Estado de São Paulo e, consequentemente, sejam distribuídas aos municípios. À medida que o Ministério encaminha novas remessas, a Secretaria de Estado da Saúde envia as doses suficientes para garantir a imunização em primeira e segunda dose para as prefeituras.
Todas as grades de vacinas são enviadas a cada região e cidade em tempo oportuno, em quantidade idêntica para aplicação de primeira e segunda dose. As grandes de distribuição levam em conta o público integral e são acompanhadas das recomendações para aplicação.
O PEI (Plano Estadual de Imunização) é claro e objetivo, cabendo às Prefeituras utilizar as vacinas de acordo com os critérios técnicos e públicos, ou seja, devem respeitar as faixas etárias e/ou grupos estipulados bem como o intervalo de tempo de aplicação entre doses (até 28 dias para a vacina do Butantan e até 12 semanas para a da Fiocruz).
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