São Paulo tem queda de mortes por Covid-19
No entanto a média e a ocupação de leitos de UTI permanece alta
O Estado de São Paulo apresenta uma queda na média diária de mortes causadas pela Covid-19. Esta redução não é registrada desde janeiro. Em compensação ela ainda está em alto patamar, superior inclusive a todo o ano de 2020.
Segundo o governo estadual, a média móvel de mortes pela doença é de 621 por dia, valor 23% menor do que o registrado há 14 dias. Especialistas indicam tendência de queda na epidemia quando há variações maiores do que 15%.
Só que a tendência de queda também já havia sido observada nesta quinta-feira (22), quando a média móvel de óbitos diários foi de 611, valor 18% menor do que o verificado há 14 dias. Antes disso, a última vez que o estado havia registrado queda na média móvel havia sido em 5 de janeiro.
Mas embora o Governo de São Paulo tenha afirmado em coletiva de imprensa nesta sexta que o estado não tinha queda nas mortes desde fevereiro, as variações verificadas naquele mês foram dentro do que os especialistas consideram estabilidade, e não queda.
Por conta disso não houve a reclassificação de algumas regiões, como Baixada Santista, Campinas, Grande São Paulo e Piracicaba. Elas estão com menos de 80% de ocupação nos leitos de UTI e poderiam ir à fase laranja. Mas devido ao alto índice de mortes e casos, o governo estadual não fez uma reclassificação.
Novas reaberturas
A partir deste sábado (24), mais serviços, como salões de beleza, restaurantes e academias poderão reabrir as portas, mas com 25% da capacidade total. Em nota, o governo estadual disse que “o número de óbitos registrados em abril está relacionado a casos e internações de março, ou seja, de três semanas atrás, no mínimo”, porque este seria o “tempo médio para uma internação se tornar um caso fatal”.
“Os óbitos não representam, isoladamente, o cenário atual da pandemia no estado, tampouco são parâmetro para atualização de restrições de atividades, pois o Plano São Paulo é multifatorial e leva em consideração também as internações e taxas de ocupação de leitos”, afirma a gestão João Doria (PSDB) em nota.
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