Anvisa libera CoronaVac para ser aplicada em crianças a partir dos 3 anos
A vacina contra a Covid-19 antes era permitida para o público com seis anos
As crianças a partir de 3 anos estarão aptas a serem vacinadas contra a Covid-19. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta quarta-feira (13) o uso da CoronaVac para imunizar este público.
A decisão foi unânime, já que todos os diretores da agência deram voto favorável à autorização da aplicação.
Confira os cinco pontos de destaque da aprovação:
- CoronaVac está liberada para crianças a partir de 3 anos
- Não pode ser aplicada imunossuprimidos, que são pessoas com baixa imunidade
- Imunização será em duas doses aplicadas em intervalo de 28 dias
- Vacina é a mesma usada em adultos, sem adaptação de versão pediátrica
- Anvisa não determinou quando começa a vacinação: distribuição de doses, cronograma e alteração de planos dependem dos estados e do Ministério da Saúde.
A decisão foi tomada após a análise de um pedido apresentado pelo Instituto Butantan em 11 de março para liberação do imunizante contra a Covid-19 para essa faixa etária.
A Coronavac está autorizada para uso emergencial no Brasil desde o dia 17 de janeiro de 2021, mas foi somente em janeiro de 2022 que a agência regulatória autorizou a ampliação do uso da vacina para crianças e adolescentes de 6 a 17 anos de idade.
Atenção com as imunossuprimidas
Com a aprovação da Anvisa, a CoronaVac pode ser aplicada em crianças a partir de 3 anos, mas não naquelas imunossuprimidas, que são pessoas com baixa imunidade.
“Apesar de as crianças não serem o rosto da pandemia, elas podem estar entre as maiores vítimas” disse Meiruze Freitas, segunda diretora da Anvisa e relatora do processo de aprovação.
“Sabemos que todas as crianças de diversos países estão sendo afetadas, mas os efeitos nocivos serão maiores para as mais vulneráveis, tanto economicamente, quanto para as com saúde mais debilitadas”, acrescentou
Esquema vacinal e composição
O esquema vacinal para crianças a partir de 3 anos é o mesmo recomendado para os adultos: duas doses aplicadas em um intervalo de 28 dias. A vacina será a mesma já aplicada na população em geral.
A mudança na faixa etária e a restrição ao uso em pessoas com baixa imunidade foi defendida na análise de Gustavo Mendes, gerente de medicamentos da Anvisa.
“Nós temos uma realidade em que o contexto exige ações, estratégias para que a gente possa garantir uma cobertura vacinal, mas é preciso acompanhamento dos compromissos e dados para que a gente possa saber por quanto tempo estamos protegidos, quando vamos precisar de doses de reforço, como é o esquema vacinal para o futuro e o desempenho frente às variantes”, disse o gerente de medicamentos.
O grupo dos imunosuprimidos considera, por exemplo, pessoas com câncer, pessoas vivendo com HIV, transplantados e outros com o sistema imune fragilizado, o que deixa o paciente mais suscetíveis a infecções.
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