90% das crianças com pressão alta são por má alimentação e falta de exercício
O estudo foi feito por especialistas da Sociedade Europeia de Cardiologia e divulgado recentemente
A falta de atividade física, a alta de dietas ricas em sal e açúcar e o excesso de peso estão relacionados à pressão alta em 9 de 10 casos observados em crianças e adolescentes, de acordo com estudo publicado por especialistas da Sociedade Europeia de Cardiologia, no European Heart Journal.
O documento divulgado no final de julho, apresenta dados de crianças e jovens entre 6 e 16 anos e recomenda mudanças de hábitos para que as famílias fiquem saudáveis juntas. Segundo os autores, os pais são agentes importantes e fundamentais para que essa mudança ocorra.
Antigamente, segundo o cardiologista pediátrico do Hospital Israelita Albert Einstein, Gustavo Foronda, os fatores de risco cardiovascular na infância não eram muito valorizados pelos profissionais de saúde. Dessa forma, a pessoa só começaria algum tratamento na idade adulta, provavelmente, e quando alguma comorbidade já estivesse instalada.
“Esse conceito foi mudando totalmente com o passar dos anos. A gente sabe que toda e qualquer doença cardíaca no adulto começa na faixa etária pediátrica: hipercolesterolemia, hipertensão, obesidade. Tudo isso leva a um risco cardiovascular maior no adulto se você não tratar na infância”, alerta Foronda.
Estima-se que 2% das crianças com peso normal sejam hipertensas, contra 5% das crianças com sobrepeso e, entre as com obesidade, o índice chega a 15%. O consenso se refere à hipertensão e a obesidade infantil como “irmãos traiçoeiros” que gradualmente se tornam um sério risco à saúde.
Além disso, o artigo também afirma que a hipertensão e a obesidade no público infantil estão se tornando cada vez mais comuns.
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