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Casa de prostituição com “regras” para adolescentes é descoberta em Praia Grande

Descoberta ocorreu após denúncia de uma jovem vinda de Manaus

Foi descoberta uma casa de prostituição em Praia Grande, onde haveria exploração sexual de crianças e adolescentes. A Polícia Civil chegou ao local, após a denúncia de uma adolescente de 16 anos, natural de Manaus, no Amazonas. Diversas apreensões foram feitas e um casal que seria o responsável pela casa de prostituição foi indiciado.

De acordo com a Polícia Civil, a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Praia Grande está investigando o crime e a denúncia surgiu em janeiro deste ano. Na ocasião, a Polícia Civil do Amazonas entrou em contato com a corporação de Praia Grande, informando que uma adolescente de 16 anos foi até a cidade no litoral paulista a convite de uma mulher, de 21 anos, para passar as férias escolares.

No depoimento à polícia, a adolescente disse que ao chegar no imóvel, no bairro Guilhermina, ela foi informada que ali funcionava uma casa de prostituição clandestina. Ainda segundo a polícia, a menor revelou que quis retornar para Manaus, mas que foi impedida pelo casal proprietário de ir embora, alegando que ela deveria pagar uma dívida de R$ 1.390. O valor seria referente aos gastos que tiveram com ela no período que esteve na casa.

De acordo com a Polícia Civil, a adolescente de Manaus fugiu da casa e retornou para a cidade natal no início de fevereiro. Em Manaus, ela comunicou a polícia sobre o que havia ocorrido. Desde então, os policiais civis das cidades envolvidas trocaram informações e escutaram testemunhas, até que uma equipe foi enviada ao local em Praia Grande na última quinta-feira (6).

Apreensões realizadas

Ainda, conforme informado pela polícia, no local foram encontrados mais de 100 preservativos, máquinas de cartão de crédito, cigarros clandestinos, um livro contábil e folhetos contendo “regras de convivência da casa”.

Créditos: Divulgação/Polícia Civil

Os folhetos diziam que todas as mulheres deveriam estar “arrumadas, maquiadas, bem vestidas e de salto” no salão às 22h e que, caso não o fizessem, seriam penalizadas não podendo trabalhar por quatro dias. Nas regras do local também constava que o cliente é sempre prioridade e que, caso o atendimento fosse recusado por “motivo fútil”, o valor do atendimento seria cobrado.

O casal suspeito de administrar a casa de prostituição clandestina, formado por um homem de 32 anos e uma mulher de 21, estava no local quando a equipe da DDM de Praia Grande foi até lá. Segundo a polícia, eles alegaram se tratar de uma casa de massagem. No entanto, não foram encontrados itens como macas ou quaisquer outros objetos normalmente utilizados nesse tipo de serviço.

A Polícia Civil indiciou o casal e mais um suspeito, de 19 anos, que estava no local, por manterem a casa de prostituição clandestina. O caso segue sendo investigado também pelo crime de exploração sexual de crianças e adolescentes.

O Departamento de Polícia Judiciária do Interior-6 (Deinter-6) informou que depoimentos e informações que possam contribuir nas investigações podem ser feitos de forma anônima pelo Disque Denúncia, via telefone, pelo número 181. Não é preciso se identificar.

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