Deu pizza verde. Pazuello não será punido pelo Exército
Havia uma apuração sobre a participação dele em ato político
Acabou em pizza verde a apuração que poderia punir o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Ele participou de um ato político que apoiava o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido), no Rio de Janeiro. Assim, Pazuello não será mais punido.
O Exército Brasileiro informou que “não restou caracterizada a prática de transgressão disciplinar” por parte de Pazuello. O processo disciplinar foi arquivado. De acordo com o Regulamento Disciplinar do Exército e o Estatuto das Forças Armadas, é proibida a participação de militares da ativa em manifestações políticas. No ato que gerou o procedimento disciplinar, Pazuello chegou a subir em um trio elétrico onde Bolsonaro discursava a motoqueiros.
A punição para Pazuello poderia ir de advertência, mas também de prisão. Nos bastidores, Bolsonaro defendeu que o ex-ministro não fosse punido. Além de militar da reserva, o presidente é o comandante em chefe das Forças Armadas – por isso, superior hierárquico ao comandante do Exército.
A presença do general, que chegou a fazer um rápido discurso ao lado de Bolsonaro, foi criticada inclusive por militares. O vice-presidente Hamilton Mourão, general da reserva, defendeu a regra que veda participação de militares da ativa em atos políticos para “evitar que a anarquia se instaure dentro” das Forças Armadas.
“Eu já sei que o Pazuello já entrou em contato com o comandante informando ali, colocando a cabeça dele no cutelo, entendendo que ele cometeu um erro”, afirmou Mourão a jornalistas no dia seguinte ao ato político.
O ex-ministro da Saúde voltou a ser bem avaliado no governo após seu depoimento na CPI da Covid, quando foi acusado por senadores de mentir. Após a participação no ato, sem máscara, Pazuello deve ser chamado a depor novamente à comissão parlamentar no Senado.
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