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Trabalho em home office requer cuidados com a saúde

Por causa da pandemia muita gente tem trabalhado de casa, mas pode gerar riscos

A pandemia do coronavírus obrigou com que muitas empresas fizessem adaptações, sendo a principal delas o trabalho em home office. Mas este método requer cuidados especiais, pois por causa do acúmulo de funções, a saúde é quem pode pagar o preço.

E o transtorno mais citado por especialista é o da síndrome de Burnout, que significa uma sobrecarga pode levar ao esgotamento físico e psíquico. A psicóloga do Hospital Edmundo Vasconcelos, Marina Arnoni Balieiro, conta que o cenário atual é altamente propício para o desenvolvimento do problema. Motivos: a flexibilidade de horário do trabalho remoto e as restrições a escapes, como uma parada para almoçar ou tomar café fora. “Isso eleva mais a pressão no indivíduo e pode levar a uma crise de ansiedade ou até mesmo a um estágio de depressão”, reforça Marina.

A psicóloga esclarece que há um fator importante que explica por qual razão algumas pessoas desenvolvem o problema e outras não, mesmo trabalhando nas mesmas condições. “O desenvolvimento da síndrome não pode ser generalizado, pois é uma soma entre o ambiente e atributos individuais. Por vezes, a pressão profissional pode ter origem na instituição empregadora, na própria profissão ou mesmo estar associada a características do paciente”, explica.

Sinais e tratamento

Mas Independente do fator desencadeante, é importante estar atento aos sinais para um diagnóstico rápido. É comum que esse processo de esgotamento seja gradual. Ao longo da evolução do quadro podem ser percebidos sinais como insônia, dificuldade de concentração, irritabilidade, baixa autoestima, desânimo e, em pacientes com estágio mais avançado, surgimento de dores no corpo e na cabeça, insegurança e depressão.
“Para evitar essa evolução dos sintomas, o ideal é um diagnóstico no início. Neste estágio, em geral, conseguimos bons resultados com acompanhamento profissional e terapia. Em quadros mais avançados, é necessário incluir a medicação para tratar os sintomas e permitir uma melhora na qualidade de vida, o que não significa ser possível abrir mão do acompanhamento por meio da terapia”, enfatiza a psicóloga.
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