Polícia Federal investiga desvio de R$ 100 milhões de consórcios do Banco do Brasil
Mandados de busca e apreensão foram compridos em São Paulo, Paraná e no Distrito Federal
Nesta quarta-feira (6), a Polícia Federal realizou a Operação Consórcio 200. De acordo com a PF, a operçaão é para investigar “possível gestão fraudulenta no Banco do Brasil Consórcio. Oito mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos por cerca de 20 agentes no Distrito Federal, São Paulo e Paraná. Um desvio de R$ 100 milhões teria ocorrido.
Segundo a PF, a operação está relacionada a um inquérito policial instaurado em 2021, aberto após encaminhamento, pelo Banco do Brasil, de “notícia-crime com o resultado da auditoria de duas operações de consórcio, no valor de R$ 100 milhões, aprovadas como consórcio de veículos. Mas elas eram utilizadas para outros fins”.
Os investigadores informaram, ainda, que o pagamento desses valores não foi executado de forma regular, obrigando o banco a cobrir “parte considerável” do contrato.
Para a Polícia Federal, a operação financeira pode ser caracterizada como gestão fraudulenta, crime contra o Sistema Financeiro Nacional que deve resultar em pena de reclusão de 3 a 12 anos, além de multa.
“O uso do produto do crime, após a análise das quebras de sigilo fiscal e financeiro, pode conduzir também ao crime de lavagem de dinheiro”, acrescenta a PF.
Resposta
O Banco do Brasil esclarece, por meio de nota, que após identificar as irregularidades em sua subsidiaria, “informou às autoridades policiais, que iniciaram as investigações”, e que “continua contribuindo com as investigações”, além de se colocar à disposição das autoridades.
De acordo com o banco, “assim que as primeiras informações sobre processos em desacordo com as normas da empresa foram apuradas, o Banco do Brasil tomou providências imediatas”. A primeira delas foi a comunicação às autoridades policiais.
“Em agosto de 2020, o Banco do Brasil destituiu os executivos da BB Consórcios investigados e nomeou novos gestores. O objetivo é facilitar a apuração completa dos fatos e dar continuidade à gestão da empresa”, detalhou o banco. O banco informa ainda que já recuperou “praticamente todos os valores envolvidos nas irregularidades”.
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