Saúde

Brasil investiga casos suspeitos de varíola dos macacos

A informação foi do Ministério da Saúde e as suspeitas vem do Ceará, Rio Grande do Sul e Santa Catarina

O Brasil pode estar com casos de varíola dos macacos. Dois casos suspeitos foram notificados ao Ministério da Saúde, sendo que eles teriam ocorrido no Ceará e em Santa Catarina. Mas um terceiro caso pode ter acontecido também no Rio Grande do Sul.

De acordo com a pasta do governo federal, por prevenção, os pacientes “seguem isolados e em recuperação, sendo monitorados pelas equipes de vigilância em saúde. A investigação dos casos está em andamento e será feita coleta para análise laboratorial”.

Um terceiro caso, que pode vir a ser classificado como suspeito, está sendo monitorado no Rio Grande do Sul, segundo o Ministério da Saúde.

“A reavaliação está sendo feita de acordo com os critérios de definição. Até o momento, não há confirmação do rumor como caso suspeito”, disse a pasta.

Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul afirmou que está investigando “um indivíduo com história de viagem”, mas o caso ainda está sendo discutido com o Ministério da Saúde – isso porque, segundo o órgão estadual, “a pessoa tem outro diagnóstico confirmado. Isso a princípio descartaria o caso. Então, não temos a definição se vai entrar como caso suspeito, pois ainda está em investigação”.

Saiba os sintomas da varíola dos macacos

Os sintomas iniciais da varíola dos macacos costumam ser febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão.

“Depois do período de incubação [tempo entre a infecção e o início dos sintomas], o indivíduo começa com uma manifestação inespecífica, com sintomas que observamos em outras viroses: febre, mal-estar, cansaço, perda de apetite, prostração”, explica Giliane Trindade, virologista e pesquisadora do Departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.

“O que é um diferencial indicativo: o desenvolvimento de lesões – lesões na cavidade oral e na pele. Elas começam a se manifestar primeiro na face e vão se disseminando pro tronco, tórax, palma da mão, sola dos pés“, completa Trindade, que é consultora do grupo criado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações para acompanhar os casos de varíola dos macacos.

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