Cultura e MúsicaOlímpia

A cultura das cinco regiões brasileiras será representada no 58º Festival do Folclore

Este ano, a Capital Nacional do Folclore receberá representantes de 18 estados brasileiros

O 58º Festival do Folclore da Estância Turística de Olímpia promoverá uma verdadeira viagem pela cultura de todo o Brasil, de 06 a 14 de agosto de 2022. Isso porque, a retomada do evento presencial contará com apresentações de grupos de todas as regiões brasileiras.

De norte a sul, passando pelo nordeste, centro-oeste e sudeste, os diferentes ritmos, passos e emoções se encontrarão no palco do Recinto do Folclore “Prof. José Sant’anna”. Este ano, a Capital Nacional do Folclore receberá representantes de 18 estados brasileiros. Serão 56 participantes, sendo 32 grupos visitantes, 22 de Olímpia e duas apresentações culturais de orquestras. Do total, 35 grupos são considerados folclóricos e os demais parafolclóricos.

Além dos tradicionais participantes do FEFOL, que possuem longa história com o festival, a edição deste ano irá contar com a participação de 7 grupos inéditos, cinco deles integram a programação do evento pela primeira vez e dois participaram da edição híbrida, em 2021, e estrearão no palco do festival presencialmente.

REGIÃO SUL

Começando pelo Sul do país, os três estados terão representantes no FEFOL. O Rio Grande do Sul trará para Olímpia, mais uma vez, a elegância gaúcha e os passos marcados do Grupo de Tradições e Cultura – GTC 20 de Setembro, de Xangri-Lá. De Santa Catarina, virá o grupo homenageado da edição, a Associação Folclórica Boi de Mamão do Pantanal, acompanhado do inédito, Grupo Boi de Mamão de Santo Antônio, ambos de Florianópolis, que contarão a tradicional história de morte e ressurreição do boi, com os personagens folclóricos como a cabra, a Bernunça, o bode e a Maricota. Fechando a região, o Paraná terá o Grupo Parafolclórico Pôr Do Sol, de Quinta do Sol, um dos principais representantes da cultura do estado com 20 anos de história, que, além do fandango paranaense, apresenta também outras manifestações populares.

REGIÃO CENTRO-OESTE

A cultura do Centro-Oeste marcará presença com os estados do Mato Grosso e Goiás. O primeiro é terra do Grupo de Siriri Flor de Atalaia, da capital mato-grossense, Cuiabá, cujas danças típicas são alegres e convidativas, com movimentos dinâmicos. O grupo difunde a cultura cuiabana, tendo como instrumentos artesanais a viola de cocho, o mocho ou tamboril e o ganzá. Já o grupo goiano virá a Olímpia pela primeira vez. O Vilão Nossa Senhora de Fátima é um dos 25 ternos da Irmandade Nossa Senhora do Rosário, de Catalão. Popularmente chamado de “Vilão 2, o grupo foi fundado há 20 anos, tendo como primeiro Capitão o Sr. Eurípedes Severino “Pavão”. Em suas danças, as manguaras (varas) e facões utilizados simbolizam os jovens escravos que trabalhavam nas fazendas e engenhos, fazendo referência aos conflitos que ocorriam.

REGIÃO NORTE

A Região Norte também estará na Capital Nacional do Folclore com o Pará. De lá, três grupos bastante conhecidos do público do festival retornam a Olímpia para a edição deste ano: Sabor Marajoara, Frutos do Pará e Grupo de Manifestações Parafolclóricas Parananin, sendo os dois primeiros da capital paraense, Belém, e o último do município de Ananindeua. O Sabor Marajoara, fundado em 1989, por Paulo Parente e Alexandre Monteiro, com o incentivo do Professor José Sant’anna, tem o objetivo de preservar e estimular o interesse pelas tradições paraenses. O mesmo propósito do Frutos, que este ano completa 30 anos de história, retratando a essência e a diversidade do povo Amazônico e respeitando as características peculiares do folclore local. O Parananin, em seus 26 anos de existência, também resgata os valores das músicas e das danças oriundas do solo paraense, entre elas o Xote Bragantino, o Retumbão, Siriá, Lundun e, claro, o carimbó.

REGIÃO NORDESTE

Chegando à Região Nordeste, oito estados brasileiros estarão representados no 58º Fefol. Do Estado de Sergipe, virão dois grupos da cidade de Lagarto, os Parafusos e Ciranda de Roda, ambos remetendo em suas manifestações os costumes da época dos escravos. Os Parafusos retratam a história dos negros escravos que fugiam dos engenhos disfarçados com as anáguas das sinhazinhas para praticar furtos e fazendo assombração. Quando foram alforriados, dançavam com as vestimentas fazendo um movimento de torcer e distorcer, sendo batizados pelo Padre José Saraiva Salomão de “parafusos”. Já a Ciranda, formada em sua maioria por mulheres, faz referência aos costumes do nordeste, na plantação e colheita do milho.

De Alagoas, Olímpia receberá dois grupos de Coco de Roda vindos da capital, Maceió. O Grupo Cultural Xique Xique, já conhecido do público, foi fundado em 2000 para animar a festa de Santo Antônio, padroeiro da comunidade do Bairro do Jacintinho e é o maior campeão dos Festivais de Coco de Roda Alagoano. Já o Reis do Cangaço fará sua estreia no Fefol, preservando a tradição da cultura negra e dos antepassados, em uma mistura de canto, música e dança. Com mais de 15 anos de existência, retrata a arte que vem do Quilombos dos Palmares e busca a cada dia manter a cultura viva, realizando trabalhos sociais e dando oportunidade para todos que querem participar do processo de valorização de sua identidade cultural.

REGIÃO SUDESTE

Contemplando todas as regiões brasileiras, o Sudeste terá a representação dos quatro estados. A cultura de Minas Gerais será marcada pela apresentação da Comunidade Quilombola dos Arturos, de Contagem, que participou da edição híbrida em 2021 e estará pela primeira vez presencialmente em Olímpia. O grupo preserva a tradição da cultura negra brasileira, a dança do Batuque, a Folia de Reis, com sua guardas de Congo e Moçambique, tradições das celebrações do Reinado de Nossa Senhora do Rosário.

O Espírito Santo estará com a alegria da Banda de Congo Beatos de São Benedito, que faz parte da Associação Cultural Esportiva e Recreativa Beatos do Espírito Santo (ACERBES), cujo presidente é o Mestre Naio. O Congo é considerado Patrimônio Imaterial Cultural de Vila Velha e o grupo valoriza esta tradição e realiza um trabalho cultural e social, com pessoas portadoras de necessidades especiais e adolescentes e idosos em vulnerabilidade, fortalecendo a devoção e louvor a São Benedito. Da capital capixaba, Vitória, virá a Associação Cultural Andora, grupo que é fruto de um projeto de extensão da Universidade Federal do Espírito Santo, criado para representar a cultura de todo o país e fortalecer os estudos e pesquisas sobre o folclore e a cultura popular brasileira. Já presente em outras edições, o grupo prepara para o 58º Fefol três apresentações chave da cultura local: os terreiros, reisados e contos de Natal.

VEJA TAMBÉM: Assista ao clipe da música “Festa de Um Povo” hino oficial do Festival do Folclore

Mostrar mais

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo