Meio Ambiente

“Titanossauro anão” é descoberto no Interior de São Paulo

Ele foi batizado de Ibirânia, já que foi localizado em Ibirá

Foi divulgada a descoberta de um tipo de dinossauro que existiu no Brasil. Trata-se do ibirania parva, um titanossauro de cinco a seis metros de comprimento, espécie herbívora conhecida pelo pescoço grande. Ele é considerado o primeiro “anão” das Américas e foi achado na cidade de Ibirá, Interior de São Paulo.

O nome vem da junção das palavras Ibirá, cidade onde foi encontrado, “ania “, que em grego significa “peregrino”, e “parva”, palavra em latim para pequeno.

A descoberta foi proveniente de um trabalho realizado desde os anos 90 e publicada em uma revista cientifica internacional na última quinta-feira (15).

As pesquisas começaram em 1999, quando começaram as coletas. E foi nesse ano em que acharam alguns fósseis da nova espécie. Mas o material do holótipo, que é o indivíduo que carrega o nome da espécie, foi descoberto pelo professor Dr. Marcelo Adorna Fernandes, em 2005.

Viriato Antônio Lobo de Araújo é secretário de Turismo de Ibirá e foi um dos voluntários das escavações. Ele foi responsável por achar o material na Vila Ventura, local onde os trabalhos foram realizados. O material encontrado por Marcelo e Viriato serviu como análise em 2015. Foi neste ano que ele começou a perceber algumas características do fóssil e perceber que poderia ser de uma nova espécie.

A descoberta

A partir dos trabalhos, os pesquisadores perceberam que a nova espécie tinha algumas características anatômicas que se diferenciavam das outras.

Uma delas é que as estruturas do Ibirania parva apresentavam uma hiper pneumatização de seu esqueleto axial, ou seja, espaços ocos nas vértebras, preservando inclusive resquícios de sacos-aéreos, usados para controle da temperatura. Esse tipo de estrutura é semelhante às aves e diferentes de outros dinossauros.

Além de já ser comprovado que a espécie era menor comparada com outros titanossauros, o que surpreendeu a equipe é que a forma “anã” foi a primeira registrada nas Américas. Como a região de Ibirá não tinha uma relação com o mar, os pesquisadores ficaram motivados a entender como o ambiente da época influenciou no tamanho da espécie.

Ainda segundo os pesquisadores, um dos primeiros motivos é que essa espécie tinha preferência por uma alimentação rasteira, como arbustos. Além disso, no período Cretáceo, que foi quando o Ibirania parva viveu, a região noroeste paulista era marcada por estações secas e prolongadas, além de um clima bastante árido. Foi esse ambiente hostil que selecionou os pequenos dinossauros herbívoros.

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