A Prefeitura da Estância Turística de Barretos, por meio da Educação Permanente da Secretaria Municipal de Saúde, realizou ações de conscientização nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Saúde da Família (USF) do município relacionadas ao Outubro Rosa. As unidades foram decoradas com a cor da campanha e profissionais conversaram com a população, em especial com as mulheres, nas salas de espera.
A prefeita Paula Lemos acompanhou a palestra realizada na UBS Marília na última semana e, inclusive, compartilhou seu relato pessoal. “Também tive um nódulo antes dos 30 anos, descobri tomando banho. Era benigno. Fiz o exame e tive que retirar. Precisei passar a fazer acompanhamento a cada seis meses e agora que pude voltar a fazer exame uma vez ao ano”, afirmou. “Pode acontecer de a pessoa ter uma característica genética, com mais casos na família, ou de ser o primeiro caso na família. Então, ainda mais que por conta das restrições da pandemia, houve mulheres que não fizeram a mamografia, é muito importante conversar com as amigas, vizinhas e orientar todas a procurarem a UBS para marcar”, disse Paula. A prefeita lembrou que o câncer de mama evolui rapidamente. “Quando detectado logo no início, mesmo que seja necessário passar por quimio, a chance da gente vencê-lo é muito maior”, observou.
Conhecer o próprio corpo
Na palestra, a enfermeira Maria Lúcia Pereira da Silva lembrou aos presentes que – embora seja mais comum nelas – o câncer de mama pode afetar mulheres e homens. Maria Lúcia instruiu também sobre a importância de observar constantemente o próprio corpo. “Estamos orientando a conhecerem o corpo de vocês, para que percebam se ocorrer alguma mudança e então procurem a unidade de saúde”, afirmou. Independentemente de para quando esteja prevista a próxima mamografia, tão logo se perceba alguma alteração, a UBS ou USF deve ser procurada para que a equipe de saúde e o médico ou médica forneça mais orientações.
Observa-se que o exame clínico não substitui a mamografia periódica, pois ela poderá identificar inclusive tumores em estágio inicial, que ainda não sejam notados no exame clínico. A enfermeira ressaltou que, quando a mulher examinar o próprio corpo no banho ou em frente ao espelho e perceber um nódulo, não se trata necessariamente de câncer, sendo necessários exames médicos mais detalhados para levar ao esclarecimento.
Doença multifatorial
“Vários fatores podem levar ao desenvolvimento do câncer de mama”, ressaltou a palestrante. Ela explicou que o câncer consiste em alteração de células formando tumor e que pode invadir outros órgãos, provocando metástase.
Maria Lúcia também lembrou às pessoas que não sabem se em sua família houve histórico da doença sobre a possibilidade de familiares terem morrido sem serem diagnosticadas. Aos homens, lembrou que fatores hereditários podem estar presentes, além dos demais fatores que podem favorecer ao câncer. “É muito importante que se faça os exames regularmente e que se tenha atenção aos hábitos: alimentação saudável, prática regular de atividade física. Essas são formas de se prevenir”, observou. Nesse momento, a prefeita Paula acrescentou o relato sobre uma familiar que não conseguiu por prótese em função da rejeição provocada pelo hábito de fumar. “Pode não ter comprovação de que fumar aumenta a chance de câncer, mas a rejeição à prótese é mais um prejuízo que o cigarro causa ao corpo das pessoas”, afirmou.