Saúde & Bem-Estar

Alerta: três estados brasileiros apresentam maiores taxa de mortalidade de câncer de próstata

Além da falta de maiores políticas públicas, a necessidade está em conscientizar o público masculino

O mês de novembro é voltado para reforçar os cuidados e a prevenção da saúde do homem, especialmente contra o câncer de próstata. Mas embora diversos apelos e campanhas sejam feitas pelo Brasil, três estados apresentaram resultados preocupantes com a alta taxa de mortalidade pela doença. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e relatórios oficiais, a insurtech Azos, o Rio Grande do Sul, Bahia e Paraná foram os estados que registraram as maiores taxas de mortalidade pela doença em 2021.

Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde, divulgados recentemente, revelaram que 16.055 homens brasileiros morreram em decorrência de câncer de próstata somente em 2021. Isto representa que o país tem cerca de 44 mortes por dia. Entre 2010 e 2021, a doença matou mais de 174 mil homens no país.

A partir de uma calculadora inteligente desenvolvida com tecnologia proprietária, a Azos cruzou os dados do governo, aplicando diferentes filtros e recortes, com objetivo de medir em detalhes o impacto da doença no país. Segundo o estudo, conduzido pelo analista William Chung, especialista de Insights & Analytics da Azos, a taxa de mortalidade por câncer de próstata registrou um crescimento de 16,3% entre 2010 e 2019, o que equivale a 1,69% ao ano.

Contramão

Já em 2020 e 2021, houve uma queda na taxa de mortalidade por câncer de próstata, que atingiu 15,1 e 14,5 mortes a cada 10 mil habitantes respectivamente. Contudo, a incidência desse tipo de câncer na população masculina ainda é muito alta e é o segundo tipo de câncer que mais mata no país, atrás somente do câncer de pulmão, o que reforça a importância de campanhas para o cuidado da saúde masculina, como o Novembro Azul.

Os últimos dados mostram que, entre 2010 a 2021, os cinco tipos de cânceres que mais mataram os homens foram, respectivamente: câncer da traquéia, brônquios e pulmão, que representam 14,27% das mortes por câncer; câncer de próstata, com uma representatividade de 13,58%; câncer do estômago, com 8,42%; câncer do esôfago, com 5,94%; e câncer do cólon (na extremidade inferior do trato digestivo), responsável 4,81% das mortes por câncer.

O estudo da Azos aplicou o recorte por estados, considerando apenas os anos de 2020 e 2021. De acordo com o levantamento, os seis estados que mostraram uma taxa de mortalidade bem acima do que a média brasileira foram surpreendentes.

O Rio Grande do Sul, mostrou uma taxa de mortalidade de 20,97 mortes a cada 10 mil hab., valor 41,7% acima da média brasileira; Bahia, com 18,08 mortes a cada 10 mil hab, 22,1% maior; Paraná, com 17,25 mortes a cada 10 mil hab, sendo 16,5% maior; Rio de Janeiro, com 17,05 mortes a cada 10 mil hab, número 15,2% maior; Pernambuco, com 16,40 mortes a cada 10 mil hab, 10,85% maior; e Espírito Santo, que registrou taxa de mortalidade de 16,01 mortes a cada 10 mil hab, número 8,13% maior do que a média brasileira.

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