Conheça as mulheres que estreiam na Copa do Mundo
Durante a narração, em meio aos comentários e até em campo elas marcam presença nesta Copa do Catar
Justamente no Catar, país com leis islâmicas, criticado pela pouca liberdade oferecida a mulheres. Com protestos que acontecem, por exemplo, a estéria do Irã sendo marcada no campo e nas arquibancadas do estádio Khalifa. A vozes no estádio acendem a luz por justiça pela morte de Masha Amini, jovem de 22 anos morta pela polícia moral, em Teerâ, por violar uma lei que impõe um código de vestimenta.
Por outro lado, no Brasil as mulheres abrem as portas em espaço majoritariamente masculina, o futebol. Ana Thaís Matos é a primeira comentarista em uma Copa do mundo, junto com Renata Silveira se torna primeira mulher a narrar jogo de Copa na TV aberta.
Afinal, quem são elas?
Narração
Nesta terça-feira (22), Renata Silveira entrou para a história da televisão brasileira. Tornando-se a primeira mulher a narrar um jogo de Copa do Mundo na TV aberta.
Formada em Educação Física, a narradora de 31 anos foi contratada pelo grupo Globo no final de 2020. Ela já havia narrado jogos como da Eurocopa transmitida pela SporTV.
Poucos meses após a primeira narração na emissora, Renata Silveira participou de um momento marcante no futebol. Ela estava na narração da partida entre Dinamarca e Finlândia, válida pela Euro 2020, no dia 12 de junho de 2021, marcada pelo mal súbito do jogador Christian Eriksen.
A narradora soube conduzir muito bem a situação. Ao lado de Paulo Nunes e Ana Thaís Mattos nos comentários do jogo, segurou a transmissão quando o jogo foi paralisado para o atendimento ao dinamarquês.
Comentarista esportivo
Falando nela, Ana Thaís Mattos formada em jornalismo, íntegra a nova geração de opinião esportiva brasileira.
Em seu currículo estão a passagem pelo Lance!, BandSports, Rádio Globo de São Paulo e Sportv, a jornalista se tornou a primeira mulher a comentar um jogo masculino de futebol na Globo em 2018.
Agora em 2022, ela ganhou mais um marco, 1ª mulher a comentar jogos do Brasil em Copa masculina.
“A Copa do Mundo masculina tem que deixar um legado para as mulheres do Catar”. Eu espero muito que os questionamentos sociais dessa Copa passem pelo papel da mulher, pela liberdade feminina, diz a comentarista em entrevista para G1.
Árbitra
Francesa Stéphanie Frappart faz história ao se tornar primeira árbitra em um jogo do mundial. Outras cinco mulheres foram escaldas, inclusive uma brasileira.
Também escaladas para a equipe de arbitragem da Copa do Qatar: Salima Mukansanga, de Ruanda; Yoshimi Yamashita, do Japão; Karen Díaz Medina, do México; Kathryn Nesbitt, dos Estados Unidos, e a brasileira Neuza Back.
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