Em referência ao Janeiro Roxo, a Prefeitura da Estância Turística de Barretos, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, realizou ao longo do mês nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Saúde da Família (USFs) do município ações de conscientização sobre a hanseníase, doença que atinge a pele e nervos periféricos.
No último domingo de janeiro, em 2023 no dia 29, celebram-se o Dia Mundial Contra a Hanseníase e Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase.
O Ministério da Saúde aponta que em 2022 o Brasil registrou mais de 17 mil novos casos da doença. O nosso País faz parte da lista de 23 países prioritários para a hanseníase, definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e concentra 9 em cada 10 novas notificações de caso no continente americano.
Barretos em ação
Neste ‘Janeiro Roxo’, os profissionais das UBSs e USFs buscaram lembrar à população que a hanseníase tem cura e é importante que seja identificada o quanto antes. Na USF do Christiano de Carvalho, o médico de família João Leonardo dos Santos e a enfermeira Gisele Longui levaram às informações à população.
“Hanseníase é uma doença bastante prevalente no Brasil. Muitas vezes, uma pessoa tem a doença e não sabe”, destacou João. O médico ressaltou que a campanha busca conscientizar para que cada um possa identificar sinais da hanseníase em seu próprio corpo ou em pessoas próximas buscando ajuda em tempo.
Sinais possíveis
João explicou que muitas vezes começa com uma mancha na pele. “Essa mancha costuma ser mais clara do que a pele, esbranquiçada ou avermelhada ou acastanhada. É comum que nesse local tenha alterações de sensibilidade: não dói, não coça, pode ocorrer de nesse ponto parar de suar ou de ter pelos”, ressaltou. João lembrou que também pode ter formigamento ou fisgadas em braços e pernas; principalmente mãos e pés.
“Conforme a doença vai evoluindo, pode haver perda de força e sequelas irreversíveis se o tratamento não for iniciado o quanto antes ou se não for tratada”, observou.
É preciso prestar atenção em braços, pernas, rosto, orelha, pois não há uma área exata do corpo em que os sinais podem surgir. Em sua orientação, a enfermeira Gisele pediu que as pessoas prestem mais atenção no próprio corpo no dia a dia para notar se surgir alguma alteração.
“Também é importante pedir para alguém visualizar a parte de trás do seu corpo para ver se tem alguma mancha. A parte da frente sempre devemos olhar no espelho na hora de tomar banho e assim começar a perceber se surgiu alguma mancha ou prestar atenção em alguma que já tinha, mas não notou antes”, completou Gisele.
Transmissão, diagnóstico e tratamento
Após examinar o paciente, o médico pode pedir uma baciloscopia, em que se raspa a pele e o material é encaminhado para análise, ou biópsia para confirmar se é hanseníase.
A bactéria causadora da doença é transmitida principalmente por via respiratória, por exemplo, por espirro ou tosse. Logo no começo do tratamento, a pessoa infectada já deixa de transmitir a doença. A hanseníase tem cura: o tratamento é gratuito, não precisa de internação, é feito com medicação e leva em média de seis a 18 meses.
Cuidados com pessoas próximas
João orientou que quando há um caso de hanseníase dentro da residência, as pessoas que tiveram contato próximo devem passar por acompanhamento de saúde por cinco anos. “Isso porque a doença pode se manifestar depois de um tempo”, explicou.
Na dúvida, procure a unidade de saúde.



