Mais de 60 cidades do Maranhão estão em estado de emergência em razão das chuvas
Cerca de 7,7 mil pessoas ficaram desabrigadas
Fim de semana de caos no Maranhão. Pelo menos 64 municípios do estado vivem em emergência em razão das fortes chuvas que causaram alagamentos e de acordo com o Corpo de Bombeiros do estado, mais de 35.800 famílias foram afetadas pelas inundações. Deste total, pelo menos 7,7 mil estão desabrigadas ou desalojadas. Desde março, seis mortes foram registradas por causa das fortes chuvas, que não param.
Comunidades inteiras estão isoladas. Em todo o estado, nove rios, além de riachos e açudes, transbordaram. Uma das cidades mais prejudicadas é Trizidela do Vale. A prefeitura antecipou as férias dos estudantes de julho para abril, porque cinco escolas estão alagadas e outras sete servem de abrigo no momento.
A Defesa Civil maranhense está prestando auxílio às famílias, com entrega de colchões e cestas básicas. Bombeiros e Defesa Civil também estão percorrendo as comunidades que residem ao longo do Rio Itapecuru, para prestar auxílio. O nível do rio subiu em várias cidades, como é o caso de Codó e Itapecuru Mirim.
O governo do Maranhão criou, desde março, o Comitê Gestor de Prevenção e Assistência às Vítimas das Chuvas. Entre as ações imediatas estão a distribuição de 100 mil cestas básicas e pescados para as famílias atingidas e quentinhas da rede de Restaurantes Populares. Ainda foram providenciados kits de conectividade e emissão de documentos, além do aluguel social para famílias desabrigadas em 20 municípios.
Com o decreto de emergência, o governo federal repassou R$ 3,8 milhões para ajuda aos municípios. Pedreiras, Trizidela do Vale, Tuntum e São Luiz Gonzaga do Maranhão estão entre os que receberão dinheiro.
Medidas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobrevoou áreas inundadas na região de Trizidela do Vale e Pedreira e visitou um abrigo em Bacabal, municípios do Maranhão que são afetados por chuvas intensas.
“Está aqui o ministro das Cidades [Jader Filho] me ouvindo. Nos projetos de construção de novas casas precisamos convencer as pessoas que não é possível construir uma casa no lugar que a gente sabe que vai dar enchente”, disse Lula, em coletiva de imprensa ao lado de ministros e do governador do Maranhão, Carlos Brandão, no Aeroporto Regional de Bacabal.
A visita também foi acompanhada do ministros da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino; e do ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta; além de parlamentares maranhenses e prefeitos de cidades atingidas.
“Em 2009 eu vim aqui em Bacabal numa cheia, a Roseana [Sarney] era governadora e eu estive aqui no mesmo rio, na mesma enchente. É uma demonstração de que quando moramos perto do rio não tem jeito não, vai sofrer enchente quando a chuva for demais”, completou o presidente.
Com o reconhecimento da situação de emergência ou de calamidade pública, que é um caso mais grave, os municípios afetados podem receber verbas federais por meio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.
Na semana passada, um decreto de emergência do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, repassou o valor de R$ 3,8 milhões para ajuda aos municípios. Até o momento, o Governo Federal aprovou mais de R$ 12 milhões para auxílio.
Por Agência Brasil
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