

Um empresário da cidade de Barretos, está sendo acusado por clientes de aplicar um golpe milionário que pode chegar a R$ 3 milhões. A Justiça decretou a prisão preventiva do acusado, que atualmente é considerado foragido.
As autoridades policiais estão empenhadas na busca do empresário acusado de cometer o golpe milionário em Barretos. A polícia realizou buscas em Bebedouro e região, incluindo a casa do acusado, localizada em Barretos. No entanto, até o momento, ele não foi encontrado.
O delegado responsável pela investigação do caso do empresário acusado de aplicar o golpe milionário em Barretos, João Vitor Silvério, revelou detalhes. Segundo o delegado, as buscas realizadas na residência do empresário não obtiveram sucesso, e uma testemunha afirmou que ele saiu repentinamente, como se estivesse fugindo, deixando para trás seu último endereço conhecido em Barretos. A polícia segue com as investigações e esforços para localizá-lo.
Esquema de pirâmide
Conversas obtidas pela polícia revelam detalhes perturbadores sobre o esquema de pirâmide financeira liderado pelo empresário barretense. Nas mensagens, o acusado afirma que sua intenção não era aumentar o número de clientes e amigos, mas mesmo assim conseguiu atrair diversas pessoas interessadas, aproveitando-se de sua reputação em Bebedouro.
O advogado Luciano Oliveira, que representa uma das vítimas, explica que as pessoas se tornaram vítimas quando o estelionatário começou a transferir uma falsa sensação de segurança em altos investimentos, utilizando argumentos relacionados a Bolsa de Valores, compra de dólar e robôs atuantes no mercado financeiro.
O suspeito não tinha uma corretora de investimentos, o que caracteriza o esquema como pirâmide financeira.
“Geralmente, a vítima começa a aportar pequenas quantias e o criminoso vai dando resultado no início, até que as coisas ganham dimensões que se tornam insustentáveis. Daí o nome que acaba chegando à famosa pirâmide financeira”, diz Oliveira.
Segundo a Polícia Civil, os golpes foram aplicados por, aproximadamente, um ano e meio, entre 2021 e 2022.
Nas conversas obtidas pelos investigadores, o suspeito também chega a dizer que foi pego pela Receita Federal e teve os bens bloqueados, algo que seria impossível, segundo Samuel Jorge, advogado de outra vítima.
“Havia ali uma inconsistência de informações, porque, geralmente, os investimentos são realizados através de corretoras, tanto no mercado interno quanto no mercado internacional. Então, a rigor, a Receita não teria nenhuma autoridade sem um procedimento prévio de bloquear valores ou congelar qualquer tipo de negócio”, explica.
Em outra conversa, segundo o G1, o empresário chega a dizer que o banco desconfiou de lavagem de dinheiro, tráfico ou jogo de azar, mas que ele já havia resolvido tudo.
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