Qual a relação o vírus da catapora com a herpes-zóster? Quem deve se vacinar? O herpes-zóster é a reativação do vírus da catapora. Até uma geração atrás, as pessoas se contaminavam com o vírus da catapora na infância ou na adolescência e ficavam com lesões cutâneas que desapareciam depois de alguns dias.
Quem teve catapora fica com o vírus “adormecido” no corpo, ou seja, ele fica latente nas células nervosas, na medula espinhal.
Após dois dias, surgem as lesões cutâneas em formas de vesículas, isto é, pequenas bolhas que queimam, coçam, são dolorosas, e tendem a durar uma semana.
Posteriormente as bolhas vão descamar, fazer pequenas feridas, formar crostas e cicatrizar. Além da lesão em si que provoca fortes dores, a cicatriz, que geralmente fica aparente, pode permanecer dolorosa em maior ou menor intensidade por décadas. Provavelmente, a pessoa terá que se tratar pelo resto da vida.
Nesses casos, em que idade a imunidade baixa pode ser sinal de alerta?
Após os 60 anos de idade, pequenas quedas de imunidade podem desencadear o aparecimento do herpes-zóster.
No entanto, quando a doença se manifesta antes dos 50 anos, deve ser feita uma investigação para verificar se há algum problema “escondido”, como um câncer, HIV ou até uma doença própria do sistema imunológico.
Quando o indivíduo apresenta a lesão de pele do herpes-zóster, a doença pode ser contagiosa?
Pode, pelo contato direto de uma pele desprotegida com a lesão.
O médico explica ainda que, se uma pessoa que não teve catapora na infância, mas tem contato com um paciente que está com herpes-zóster ativo, ela vai primeiro desenvolver a catapora e depois o zóster.
Ainda de acordo com o especialista, indivíduos com herpes-zóster que são imunodeprimidos, que estão fazendo quimioterapia, por exemplo, podem manifestar lesões mucosas da doença e transmiti-la por via respiratória, mas são situações de exceção.
Pode haver complicações?
Sim, quando o herpes-zóster atinge o ramo superior do nervo trigêmeo (principal nervo da face, responsável pela sensibilidade), pode levar a complicações visuais por lesões de córnea e a pessoa pode ficar cega.
O herpes-zóster pode aparecer em qualquer lugar do corpo, mas as regiões das costelas e da face são as mais comuns; a face costuma ser o local mais dolorido.
Qual o melhor momento para se vacinar contra o herpes-zóster?
O melhor momento é aos 50 anos de idade, para evitar que o zóster se manifeste. Antes disso, não é necessário se imunizar. “O zóster antes dos 50 é excepcional, a não ser que tenha um desencadeante”, afirma o infectologista.
Vale ressaltar que quem já teve a doença uma vez ou mais também deve se vacinar. A vacina contra o herpes-zóster não está disponível no SUS, apenas na rede privada.
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