A pequena Yara, de apenas cinco anos, emocionou a todos ao acionar o comando de seu carrinho elétrico adaptado, percorrendo uma curta distância sozinha. Esse momento marcante foi um dos primeiros resultados do projeto MobiZika, que entra em sua segunda etapa, trazendo novas perspectivas de locomoção para crianças com paralisia cerebral grave ou causada pelo Zika vírus.
Financiado pelo Ministério Público do Trabalho – Procuradoria Regional do Trabalho da 15ª Região Campinas –, o projeto tem como objetivo fornecer um meio de locomoção motorizada para crianças de um a seis anos que, devido à paralisia, dependem constantemente dos cuidados de seus familiares. A iniciativa foi idealizada pelo Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), em parceria com a Prefeitura de Jundiaí, o Hospital Universitário (HU), o Centro Universitário Padre Anchieta (UniAnchieta), e a Amarati.
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Desenvolvimento motor e autonomia
Os carrinhos elétricos adaptados têm como foco promover a autonomia das crianças, permitindo-lhes aprender a guiar e controlar os veículos, o que pode melhorar sua qualidade de vida e estimular seu desenvolvimento cognitivo e motor. Durante o treinamento, que ocorre na UniAnchieta, Yara foi uma das primeiras a se mostrar empolgada com o equipamento, que também contará com controle remoto para os cuidadores.
Fábio Valente Rizzo, fisioterapeuta e mestrando da FMJ, explicou que o treinamento visa proporcionar um ambiente mais socializador para as crianças, já que elas poderão, por exemplo, ir a parques e interagir de maneira mais independente. “O carrinho não é apenas um brinquedo, mas uma ferramenta que fará parte do processo de evolução motora dessas crianças”, destacou.
Impacto para as famílias
Para a mãe de Yara, Grasiele de Oliveira Silva, o carrinho representa um verdadeiro presente para a filha. “Ela ficou tão feliz ao conseguir apertar o comando pela primeira vez. Com o carrinho, ela poderá brincar no parque, o que antes parecia impossível. Esse projeto é um sonho realizado para nós”, contou.
O prefeito Luiz Fernando Machado também ressaltou a importância do projeto, que envolve várias instituições e profissionais. “Este é um investimento na primeira infância e na saúde pública, proporcionando mais participação social e qualidade de vida para essas crianças e suas famílias”, afirmou.
A expectativa é que, ao longo dos próximos dois a três anos, o projeto MobiZika continue a mapear o desenvolvimento motor e cognitivo das crianças, contribuindo para a evolução de novos recursos para apoiar o crescimento dessas crianças.
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