Justiça

Fazendas milionárias do megatraficante Cabeça Branca vão à leilão

Duas fazendas do megatraficante Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca”, considerado um dos mais perigosos da América Latina e preso desde 2017, vão a leilão nos dias 01 e 03 de dezembro, às 11h, por R$ 9,1 milhões no primeiro leilão e R$ 7,2 milhões no segundo leilão. Localizadas na cidade de Marcelândia, no Mato Grosso, as Fazendas Jupinda e Estrelinha ultrapassam os 1,2 mil hectares, distribuídos entre mata nativa e área aberta para a produção de grãos.

O leilão milionário será realizado pela Topo Leilões e conduzido pelo leiloeiro oficial Guilherme Toporoski, que possui ampla experiência em arremates deste porte. “As fazendas são uma excelente opção de investimento e estão com valores abaixo do que os praticados no mercado. O leilão será realizado na modalidade eletrônica de forma a permitir a participação de interessados de todo o Brasil”, informa Toporoski.

A Fazenda Jupinda II tem a área de 620,57 hectares toda coberta por vegetação nativa, com valor avaliado em cerca de R$ 1,2 milhão. Já a Fazenda Estrelinha tem a área total de 596,45 hectares e possui aproximadamente 325 hectares de área aberta utilizada para a produção de grãos, avaliada em R$ 6,5 milhões, e o restante é composto de mata nativa, avaliada em R$ 950 mil, com valor total da avaliação da área chegando a cerca de R$ 7,4 milhões. A fazenda possui construções como um barracão, uma casa em alvenaria e quatro casas em madeira.

Todas as informações sobre o leilão e o edital estão disponíveis no site da Topo Leilões.

Quem é o megatraficante Cabeça Branca

 

Luiz Carlos da Rocha (11 de julho de 1959), mais conhecido como Cabeça Branca é um narcotráfico brasileiro. Em 2017, quando foi preso pela Polícia Federal, era considerado nacionalmente e internacionalmente como o maior traficante de drogas do Brasil, enquanto seu nome constando na difusão vermelha da Interpol.

A operação que a Polícia Federal armou para desarticular a organização criminosa do Cabeça Branca, chamada de “Operação Sem Saída”. Sendo assim, a operação foi considerada a maior operação da história da Polícia Federal. O trabalho fez a desarticulação patrimonial de organização criminosa com atuação no tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.

Como agia

Cabeça Branca comandou na surdina por mais de três décadas um esquema de tráfico internacional de drogas. Cabeça branca era responsável por abastecer mensalmente com pelo menos cinco toneladas de cocaína. Mas não é só.  A cocaína tinha que ter alto grau de pureza, países na Europa, na África e nos Estados Unidos.

Diferentemente dos outros traficantes, que empregam a violência em suas negociações, Cabeça Branca acumulou respeito no crime com muita discrição, diplomacia e com o pagamento de valorosas mesadas. Sendo assim,  ele comprou o silêncio de senadores e deputados no Brasil e Paraguai, de servidores públicos estaduais e federais em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo, além de supostamente pagar pelo apoio de funcionários dos portos de Santos e Itajaí, por onde escoava sua mercadoria.

Ele não é considerado violento. É um embaixador do tráfico. Mas a guerra das facções (entre o Comando Vermelho e o PCC) estourou e ele continuava imune justamente pela boa relação diplomática que tinha com todas as facções nacionais e internacionais” Delegado Elvis Secco, em reportagem ao jornal El Pais.

Enquanto agia com diplomacia, Cabeça Branca conseguiu ficar foragido durante todo esse tempo por conta de sua descrição.

Em 01 de julho de 2017, depois de 13 anos sendo procurado, ele foi capturado na cidade de Sorriso, no Mato Grosso, assim que ele voltou para uma casa de alto padrão onde costumava passar alguns dias.

 

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