Em mais uma live nas redes sociais para anunciar as próximas medidas da Prefeitura de Santos, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa suspendeu o edital que permitia a contratação e a atuação de organizações sociais (OS) nas escolas municipais especiais. Nestes locais ocorrem o ensino e também os tratamentos para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A publicação havia sido divulgada no início de dezembro e previa que o atendimento em sala de aula fosse feito por equipe composta de coordenador, supervisor técnico e técnico em enfermagem, além do Profissional de Apoio Escolar Inclusivo (Paei), a fim de auxiliar nas atividades escolares em geral, propostas pelo professor regente de classe e orientação do professor de Atendimento Educacional Especializado (AEE) a partir de 2021.
Mas diversos profissionais da área de educação especial fizeram uma enorme pressão discordando das medidas que podem surgir, especialmente por causa de um procedimento de terceirização. Assim, o chefe do Executivo disse que os professores que trabalham como mediadores não serão afetados e podem escolher outras funções. “Vamos seguir nesse caminho. Estamos retirando o edital para afastar dúvidas e aprimorá-lo”, disse o prefeito.
A repercussão da OS
Pais e professores realizaram um protesto no último sábado (5). eles alegaram que a vinda da organização social nas escolas de ensino especial seriam o início de um processo de terceirização. O Sindicato dos Servidores Públicos apoiou a manifestação.
O protesto aconteceu na Praça das Bandeiras, no Gonzaga e eles pediam que o edital do chamamento da OS fosse revogado. Este trabalho, hoje, é feito por professores da rede municipal que, no contraturno, fazem este trabalho e recebem à parte por ele. A prefeitura planejava contratar, por meio de uma organização social, equipes voltadas a esse trabalho. Pais e professores refutaram o argumento de que o serviço melhoraria com a mudança.
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