O drama da falta de oxigênio não é algo exclusivo do Amazonas. Mais um estado começa a ficar sem oxigênio. É o Para, onde no município de Faro, divisa com o estado amazonense também está com este problema. Pra piorar nas últimas 24 horas, seis pessoas morreram de asfixia, já que se tratavam da COVID-19, mas sem um auxiliar para a respiração, as mortes se confirmaram.
As informações foram repassadas pela Prefeitura de Faro e a situação mais preocupante ocorre na comunidade de Nova Maracanã. São 34 pacientes hospitalizados, mas que os leitos todos já estão chegando na capacidade máxima. Além disso cidades vizinhas como Terra Santa e Nhamundá também começam a ter os problemas de falta de cilindros para garantir a respiração dos enfermos.
O prefeito de Faro, Paulo Carvalho informou que comprou mais 20 balas de oxigênio vindas de Santarém. E comentou a gravidade que o município vive, além do drama provocado pela COVID-19. “Ambas as cidades estão em crise. A demanda é maior que a quantidade, porque a produção está comprometida”, diz Carvalho.
Outra iniciativa tomada para tentar amenizar a crise do coronavírus é a aquisição de mais leitos. O médico Yordanes Peres, que trabalha em uma unidade básica de saúde de Faro, a situação é considerada um caos. “Nós estamos vivendo uma crise, na contramão para tentar salvar vidas. Estamos trabalhando 24 horas para isso”, explicou.
Resposta do Governo do Pará
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informou que no Pará duas empresas são responsáveis pelo fornecimento de oxigênio, White Martins e Air Liquide. Somente a empresa White Martins produz atualmente 58 mil m3 por dia, quantidade suficiente para o abastecimento de todo o Estado. A Sespa esclarece, ainda, que é responsabilidade das secretarias municipais de Saúde a manutenção de contratos e a aquisição do produto para abastecimento local.
Além disso, o Governo do Pará proibiu a circulação de embarcações vindas do Estado do Amazonas em território paraense. O fechamento da fronteira segundo o governador Helder Barbalho foi uma medida preventiva para evitar o contágio pela COVID-19.
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