Coach. O nome entrou no vocabulário das pessoas há alguns anos. Mas Lider Coach é um tendência que começa a ganhar terreno por vários motivos. Percebe-se que hoje existe uma mutação constante e galopante pela qual passa o mundo. Tudo que foi aprendido na faculdade, na pós graduação, nas especializações já não valem mais nada, a não ser como habilitações legais para acesso de certos cargos ou de experiência.
A experiência é algo que coloca o profissional passos à frente de quem não a detém. No entanto, as atualizações são imprescindíveis a todos, com muito mais ênfase aos cargos de liderança.
Até mesmo aplicativos de informática e tecnologia são galopantemente atualizados, numa velocidade que chega a ser voraz. Por esta razão hoje percebemos uma grande proliferação de cursos, vivências e técnicas voltadas à liderança e isso não é diferente em relação a ferramentas específicas de coaching.
Antes de mais nada, o que é coaching?
Muito embora o coaching seja algo já utilizado há muito tempo, hoje em dia nunca se ouviu falar tanto dessa ferramenta.
Para José Roberto Marques “coaching é um processo com início, meio e fim, definido em comum acordo entre o coach (profissional) e o coachee (cliente), no qual o coach apóia o cliente na busca de realizar metas de curto, médio e longo prazo, através da identificação e desenvolvimento de competências, como também do reconhecimento e superação de adversidades”.
Consiste na verdade, em um processo de otimização de resultados, que desperta a melhor versão do coachee. Possibilitando aplicá-lo ao seu grupo e até mesmo na vida pessoal.
Não se trata de um processo de mentoria, onde o mentor é contratado para definir direcionamentos e
aconselhamentos, baseado em sua experiência em determinado ramo.
Também não se confunde com consultoria, pois nesse caso, o consultor, profissional especializado, é contratado para desenvolver um projeto a partir de dados fornecidos por quem o contratou.
Não é um processo de análise com viés psicológico, pois não visa resolver questões pretéritas do paciente, e sim, um processo voltado a resultados futuros, partindo de um ponto inicial, em direção a um ponto final previamente definido dentro do processo.
Nos processos de coach, quem define as ações é o próprio coachee (cliente), a partir de provocações da sensibilidade e do raciocínio direcionadas pelo coach (profissional).
O impacto positivo do coach em minha vida.
Há tempos, desde adolescente, tinha comigo uma crença extremamente limitante: não era bom liderar. Ah!, ser líder significa mais responsabilidade. Isso me fez recusar ou me esquivar de promoções e até aumentos de salário. Hoje vejo que joguei fora muitas oportunidades. Na Polícia Civil, até 2008, meu cargo era de Escrivão de Polícia e sempre dei um jeitinho para não ser Escrivão Chefe de nenhuma unidade.
Quando ingressei no Cargo de Delegado de Polícia, no ano de 2008, não teve por onde escapar. Afinal, era um sonho conquistado. E ser líder, fazia parte desse sonho.
Muito embora eu já fosse um Policial experiente, não estava habituado a liderar. Algumas decisões eram simplesmente magistrais, enquanto outras, eram catastróficas.
Eu me sentia como uma máquina fotográfica que se usa sem ler o manual. Os recursos estavam ali, mas não sabia como acessar. Então, ora a foto era linda, noutra saia borrada.
Então me interessei pela área de liderança. Cursos, vivências, palestras, começaram a fazer parte da minha agenda. O assunto se tornou uma paixão, que logo comecei a fazer palestras e treinamentos.
Modificando crenças
Rapidamente, a crença limitadora de que “não é bom liderar”, foi substituída por uma crença possibilitadora: “a minha missão é liderar com amor”. Essa mudança, entre outras tantas, eu atribuo, sem medo de erras, aos processos de coaching pelos quais passei e ainda passo.
Aplicação na prática.
O líder Coach
Hoje, a aplicação dos processos de inteligência emocional, análises comportamentais e liderança, já fazem parte do meu dia a dia policial. Liderando com conhecimento, habilidade e sobre tudo pelo exemplo, consigo estar mais próximo da equipe, sentindo e percebendo como analisar a cada um deles, como entrosá-los da melhor maneira dentro de determinada função, como motivá-los e, principalmente como ser humano.
Ser um líder, na verdade é uma linda missão, pois se você conseguir transpor todos os obstáculos para chegar até seu objetivo e, quando chegar, você olhar para os lados e perceber que está sozinho, você não é um líder.
Por Adalberto Ceolin. Delegado de Polícia do Estado de São Paulo, coach, PNL Master Pratitioner, analista comportamental com eneagrama.
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