Saúde

Ministério da Saúde pede mais doses da CoronaVac

Pasta deseja que mais 30 milhões sejam adquiridas

O Ministério da Saúde enviou um ofício para o Instituto Butantan reforçando a ideia de comprar mais 30 milhões de doses da CoronaVac. Com isso elas se somarão às 100 milhões de doses já compradas e que devem ser entregues até setembro.

O secretário-executivo da pasta, Elcio Franco, disse que há “necessidade em expandir a aquisição de imunizantes” contra a COVID-19. Ele ainda fala que a solicitação “considera a continuidade da vacinação em massa da população brasileira, junto com todos os Estados e Municípios”.

Franco também solicitou o cronograma de entrega de doses entre outubro e dezembro de 2021. “Do exposto, solicito que seja encaminhada a este Ministério a intenção dessa Fundação de realizar o referido fornecimento de vacinas, conforme entendimentos verbais em 17 de fevereiro do corrente, assim como o cronograma de entrega do quantitativo proposto de 30 milhões de doses, de outubro a dezembro de 2021”, diz o ofício.

O Butantan disse que recebeu o ofício do Ministério da Saúde e que está avaliando a demanda da pasta.

Divergências entre Ministério e o Butantan

O anúncio acontece em um momento de tensão entre o Governo Federal e o Butantan. O Ministério da Saúde disse que iria rever a distribuição das doses de vacinas contra o coronavírus relativas ao mês de fevereiro. Um dos motivos seria o atraso na entrega das doses da CoronaVac.

O ministério disse que recebeu um ofício do Instituto Butantan na tarde de quinta com a informação de que “receberá somente 30% dos imunizantes previstos em contrato para fevereiro, totalizando apenas 2,7 milhões de doses”. A previsão era entregar 11,3 milhões de doses em fevereiro. Destes, 9,3 milhões eram da CoronaVac. Outras 2 milhões de doses são da vacina Oxford/AstraZeneca, importadas da Índia.

Já o Instituto Butantan culpou o “desgaste diplomático” entre o governo federal e a China pelo atraso na entrega, e disse que “o Ministério da Saúde omite a briga com a China”. O Butantan disse ainda que é “inacreditável que o Ministério da Saúde queira atribuir ao Butantan a responsabilidade pela sua completa falta de planejamento”.

Além disso, a intenção de compra ocorre semanas após o governador de São Paulo, João Doria, anunciar a negociação de compra de mais 20 milhões de doses da vacina para o estado. Na época, o governo paulista disse que o objetivo da negociação era evitar a falta de vacinas para os brasileiros no estado de São Paulo.

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