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Kayo Amado faz um balanço do mandato de São Vicente

Ele fez uma análise dos 100 primeiros dias de governo

O prefeito de São Vicente, Kayo Amado (Podemos), chegou aos 100 primeiros dias de mandato a frente da Prefeitura e fez um balanço sobre o mandato e os desafios. As medidas tomadas no combate à pandemia do coronavírus foram os principais assuntos abordados.

Ele deu entrevista ao programa “Bom Dia Cidades”, da Santa Cecília TV, onde comentou sobre as medidas de enfrentamento da Covid-19, onde admitiu as dificuldades, mas alegou buscar medidas importantes visando proteger a população.

“Nós já sabíamos que era uma cidade complicada. O maior pico da pandemia ocorrendo, além dos casos de dengue e Chikungunya, está causando certo sofrimento. Mas estamos encarando de frente para levar o melhor para a população”, disse Amado.

Para ele, é importante relembrar que os primeiros meses são feitos para arrumar a casa, colocando as coisas em ordem e planejando o futuro. Afinal, “é um trabalho de quatro anos, não uma corrida de 100 metros”.

O lockdown

O lockdown inteligente durou de 23 de março até 04 de abril e tinha como objetivo conter a circulação do vírus, assim como diminuir a taxa de ocupação de UTIs, que chegou a 100% na maior parte dos municípios da Baixada Santista.

Apesar do esforço, por São Vicente ter poucos leitos, o sistema de saúde ainda está saturado. De acordo com Amado, diariamente a ocupação é de 100%. Porém lembra que são só 10 leitos de UTI.

“A cidade gastou muito na saúde ano passado, mas não conseguiu deixar um legado. Não é tão simples abrir novos leitos. Claro que estamos correndo atrás, né. Se pegar um panorama dos últimos três meses, retiramos os leitos de UTI Covid do Hospital Municipal e transferimos para o Hospital São José. Em janeiro, eram 19 leitos, ampliamos para 33 em fevereiro e em março, 47. São 10 de UTI e o restante de enfermaria”, argumentou.

O político revelou que a demanda atual é alta. Tanto que as pessoas dão entrada no Hospital Municipal, a fila de espera é longa e só depois são enviadas ao São José.

Para entender se o lockdown surtiu efeito ou não, Amado pede que seja feita uma análise regional, já que não há como ter parâmetro em São Vicente.

Fase emergencial

Durante duas semanas, a Baixada Santista aderiu ao lockdown inteligente. O momento, considerado difícil e desafiador para comerciantes, que sofreram por não poderem abrir os negócios, acabou no último domingo (4). No entanto, a região, assim como todo o Estado de São Paulo, segue em fase emergencial.

Nesta sexta-feira, os sinais indicam que essa fase mais restritiva será prolongada pelo governador João Doria. Questionado sobre respeitar ou não a decisão, Kayo Amado foi enfático: “Se não seguirmos, o Ministério Público irá nos acionar”.

Amado esclarece que o município foi notificado outras vezes por fazer adaptações para melhorar para a população e não há nada que possa ser feito, já que o decreto estadual se sobrepõe.

Vacinação contra Covid-19

São Vicente está entre os 20 municípios do Estado de São Paulo que mais vacinam. E isso, para o prefeito, é motivo de orgulho. “Ontem, no meio do dia, as doses esgotaram. Mas logo no final, já recebemos mais, então estamos prontos para continuar imunizando os grupos”, disse.

A partir de segunda-feira (12), os professores começarão a ser vacinados. Com ajuda do estado, os documentos do pré-cadastros estão sendo checados, a fim de que ninguém fure a fila.

O político reforçou que a compra de vacinas é uma vontade grande. “Nosso melhor cenário é receber repasse dos governos estadual e federal. Mas não podemos esperar. Sendo assim, posso dizer que São Vicente foi um dos primeiros municípios da Baixada Santista a aprovar a lei que permite participar de um consórcio de vacina”, comentou.

De acordo com ele, há uma frente de prefeitos tocando um consórcio e a expectativa é de desbloqueio das possibilidades. “Temos muitas opções, mas estamos na fase de oferta. É hora de estudar as características, valores, são muitas burocracias e condições técnicas diferentes e os municípios estão se comunicando para comprar em conjunto. São duas frente, no momento. Uma da Baixada e outra da Frente Nacional de Prefeitos”.

Novo formato das feiras livres

Na última terça-feira (6), os feirantes retomaram os trabalhos em um novo formato, chamado de “Feira Segura”. O objetivo é criar um retorno seguro para a categoria, respeitando regras sanitárias.

Dessa maneira, passou a ser obrigatório o uso de máscara cobrindo nariz e boca, há controle de fregueses com gradis e senha, além de aferição de temperatura e álcool gel fazerem parte do protocolo que trabalhadores e clientes devem seguir.

“A feira funciona como um mercado a céu aberto. É importante porque ajuda a democratizar o acesso ao alimento e permite que cheguem aos bairros. A época sem feita foi dura, porque tenho amigos feirantes e me preocupei com a situação econômica. Então pensamos em protocolos e criamos uma maneira bonita, planejada e colaborativa de retomada”.

Pronto-Socorro da Linha Vermelha

O prefeito anunciou nas redes sociais, no fim do último mês, que o Pronto-Socorro da Linha Vermelha, poderá servir como um hospital de campanha para o combate à Covid-19. A publicação foi feita após reunião com o secretário estadual Marco Vinholi, em que ofereceu o espaço para servir de Hospital de Campanha.

Em entrevista ao Bom dia Cidades, Kayo Amado contou que o local foi construído por um parceiro, que hoje cobra aluguel da prefeitura. “Não temos dinheiro em caixa para abrir. Então oferecemos ao governo de estado, esperando o custeio de 100%. Por ser perto da divisa com Santos, pode servir como hospital regional”.

O objetivo é instalar mais 20 leitos de UTI, 36 de enfermaria e 4 de emergência. Segundo o prefeito, a medida é mais um passo para resolver o problema do PS, e sanar a falta de leitos para tratamento de pacientes com Covid-19 na cidade.

Chikungunha, zika e dengue

A alta de casos de chicungunha, zika e dengue tem causado preocupação na região. Em São Vicente, os agentes de saúde estão se esforçando para realizar um trabalho preventivo, mesmo sem poder entrar na residência da população.

“Infelizmente, na antiga gestão, não havia incentivo a contratação desses profissionais. Então são menos de 30 pessoas para mais de 368 mil habitantes. O mosquito se fortalece nos detalhes. Sendo assim, sempre contamos com a colaboração para maior segurança de todos”, destacou.

Ponte dos Barreiros

No que diz respeito a Ponte dos Barreiros, Amado é claro: “o que cabia a administração municipal cumprir, como respeitar o prazo de licitação, fizemos”.

Ele revelou que as empresas participantes do processo entraram na justiça umas contra as outras. Nesse momento, há um impeditivo judicial para seguir e depende da decisão de um desembargador.

Área Continental

Em 100 dias, o trabalho de destaque na Área Continental vem sendo realizado pela Subprefeitura, especialmente pela vice Sandra Conti da Costa. “Está ocorrendo um trabalho bem legal de zeladoria, até mesmo na questão da vacinação e isso deixa uma marca de bom atendimento para as pessoas. Além disso, criamos um grupo para pensar, envolvendo desenvolvimento de área, regularização e impostos”, contou.

Outro ponto foi o início da retomada do Conjunto Habitacional Rio Branco, que estava paralisada e em conflito. “Temos muitas outras áreas para desenvolver para levar mais comércios e queremos fazer mais trabalhos sociais, olhando com carinho. Mas são muitos problemas ao mesmo tempo”.

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