VÍDEO – Agora Bolsonaro promete vacina para todos e gera revolta
Cidades brasileiras registram panelaço durante pronunciamento do presidente
Nesta quarta-feira (2) aconteceu o pronunciamento em rádio e TV do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido). E a fala dele, onde foram feitas promessas de vacinas para todos contra a Covid-19, rendeu manifestação da população com panelaços. Diversas cidades brasileiras registraram o protesto.
Enquanto falava, Bolsonaro explicou que “todos os brasileiros que quiserem serão vacinados” neste ano. “O Brasil é o quarto país que mais vacina no planeta. Neste ano, todos os brasileiros que assim o desejarem, serão vacinados, vacinas essas que foram aprovadas pela Anvisa”, afirmou.
Só que até agora, passado cerca de um ano e meio do início da pandemia, o ritmo de vacinação é lento no Brasil. Por enquanto 10,6% dos brasileiros (22,6 milhões de pessoas) tinham recebido duas doses de vacina, o que assegura a imunização.
Além da falta de vacinação em massa, a população também protestou contra a falta de medidas efetivas do Governo Federal para combater a Covid-19.
Veja o vídeo:
Fiocruz
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) já informou que a produção do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), matéria-prima dos imunizantes, começará neste mês e que as primeiras doses 100% nacionais serão entregues em outubro. “Ontem, assinamos acordo de transferência de tecnologia, para produção de vacinas no Brasil, entre AstraZeneca e Fiocruz. Com isso, passamos a integrar a elite de apenas cinco países que produzem vacinas contra a Covid no mundo”, declarou Bolsonaro.
Bolsonaro, que sempre atacou as medidas restritivas necessárias para controle da pandemia, disse no pronunciamento que o governo federal “não obrigou ninguém a ficar em casa, não fechou o comércio, não fechou igrejas ou escolas”.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) e as entidades médicas preconizam, desde o ano passado, medidas para evitar a disseminação do coronavírus, entre as quais o isolamento social. “O nosso governo joga dentro das quatro linhas da Constituição, considera o direto de ir e vir, o direito ao trabalho e o livre exercício de cultos religiosos inegociáveis”, acrescentou.
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