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Jovem leva 18 facadas, é abandonada, mas sobrevive

A Polícia Civil investiga e busca os autores do crime

Um caso impressionante, mas que terminou bem no final. Uma jovem de 23 anos levou 18 facadas ao ser abordada por dois homens e na sequência foi largada numa roda de caminhão em Santos. Apesar de tudo, ela conseguiu sobreviver. A Polícia Civil investiga o caso e está buscando os autores do crime.

A vítima é Vitória Raquel Celeste e o crime ocorreu em maio. Ela explicou que estava se mudando de casa, no Rádio Clube, no último dia 19 de maio e vendeu sofá, armário da cozinha, fogão e geladeira. Durante a noite do dia 19 de maio, ela relatou para a companheira que já havia vendido tudo, e ambas ficaram felizes. Tentaram pedir comida, por meio de um aplicativo, mas estava tudo fechado. Por volta da 1h40, ela foi a um estabelecimento tentar comprar um salgado. No local, esperou o pedido ficar pronto e depois foi embora.

O ato violento

“Na volta, a duas quadras de casa, próximo a um colégio, escutei um assobio e olhei para ver se enxergava alguma coisa. Estava bem escuro e jogaram areia molhada nos meus olhos. Aí, os dois homens vieram com um pano na minha direção. Nessa hora, falei: ‘pode me roubar, pode levar’. Mas o que eles usaram no pano queimou demais meus olhos e meu nariz. Fechei o olho e senti meu corpo sendo arrastado. Depois, minha mente apagou”, conta.

Vitória afirma que acordou tempos depois com um dos homens a enforcando. “Ele dizia que eu não era ninguém, e eu não conseguia nem respirar. Enquanto isso, o segundo homem filmava. Depois, ele me falou ‘agora eu vou te mostrar o que é ser mulher’. O tempo todo eu falava ‘pode levar meu celular, meu dinheiro’, mas eles queriam abusar de mim. Eu estava em cima de um colchão, olhei para o lado e vi uma faca preta, que eu fiquei olhando para tentar pegar e me defender”, diz.

A jovem relata que, quando o homem foi para cima dela, ela tentou acertá-lo com a faca, então, foi dopada novamente. “Eu me lembro que esse homem, que estava quase nu, mandou o outro pegar meu dinheiro e ir comprar drogas para eles. Depois disso, apaguei de novo e não lembro com clareza se ele chegou a me violentar. Quando acordei de novo, os dois [suspeitos] estavam brigando. O que estava filmando foi embora, e o outro ficou. Eu apaguei de novo, já estava um pouco machucada”, diz.

A sobrevivência

Vitória explicou que ao acordar, notou que estava cheia de sangue, e passou a mão pelo pescoço. Uma mulher que trabalhava em uma banca de jornal próxima a viu e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

“Ela achou que eu estava morta. Até então, eu não sabia que tinha levado 18 facadas, fui saber disso no hospital. Eu ter sobrevivido, acredito que foi um milagre, foi Deus mesmo. Porque uma das facadas atingiu minha garganta, eu achei que nem voltaria a falar”, desabafa.

Vitória afirma que ficou internada cinco dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e sete dias em um quarto na Santa Casa de Santos. O bom atendimento no hospital, de acordo com ela, foi uma das coisas que a ajudou a se recuperar, além do apoio que recebeu da família e de diversas pessoas que se mobilizaram para doar sangue a ela.

Em nota, a Polícia Civil informou que o caso foi registrado como estupro e tentativa de homicídio qualificado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos, e é investigado por meio de inquérito policial instaurado pela 3ª Delegacia de Homicídios, da Deic de Santos. Diligências seguem em andamento para esclarecimento dos fatos. Segundo a polícia, mais detalhes não serão fornecidos por envolver crime sexual.

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