Economia

Aneel reajusta valor da conta de luz na bandeira vermelha

A alta será de 52% para a cobrança adicional

Vem nova alta no valor da conta de luz. Nesta terça-feira (29), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o reajuste na bandeira tarifária vermelha patamar 2. Esta é uma cobrança adicional aplicada às contas de luz realizada quando aumenta o custo de produção de energia. A cobrança extra passou de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos, que corresponde a uma alta de 52%.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque falou sobre o reajuste, justificando que o Brasil sofre uma crise hídrica, devido ao baixo volume de chuvas nas hidrelétricas. Além disso, o ministro fez um pedido para que a população use de forma consciente e responsável a água e a energia. Esta já é a pior crise hídrica vivida pelo pais nos últimos 91 anos.

O novo valor da conta de luz, entra em vigor a partir de julho, conforme informou a Aneel na última semana. O último reajuste do sistema de bandeiras tarifárias foi feito em 2019.

Entenda a crise hídrica

A previsão é a de que a bandeira vermelha patamar 2 vigore, no mínimo, entre os meses de julho e novembro de 2021. O motivo é a pior crise hídrica dos últimos 91 anos.

Os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste – que respondem por 70% da capacidade de geração de energia do país – estão com 29,4% da capacidade de armazenamento, e não há perspectiva de chuva forte nessas regiões até meados de outubro.

O armazenamento de água nesses reservatórios atualmente é o menor para essa época desde 2015 e bem próximo do registrado em 2001, quando o país passou por um racionamento de energia. Essa situação é resultado da falta de chuvas nas duas regiões nos últimos meses. De acordo com o governo, o volume de chuva registrado desde outubro é o menor dos últimos 91 anos.

As usinas termelétricas, que são mais caras e poluentes, estão sendo acionadas para garantir o fornecimento de energia. Por isso, houve aumento no custo da geração de energia , que está estimada em R$ 9 bilhões pelo Ministério de Minas e Energia, valor que é repassado para os consumidores. Mas apesar da crise hídrica, o governo descarta o risco de apagão e de racionamento de energia em 2021.

Conheça as bandeiras tarifárias

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para sinalizar o custo de geração de energia. A bandeira fica na cor verde quando o nível dos reservatórios está alto e não há necessidade de acionamento extra de usinas térmicas.

Com os reservatórios baixos, a previsão é a de que o custo da energia aumente, pois é necessário o acionamento de mais usinas térmicas. Assim, a bandeira pode passar para as cores amarela e vermelha (patamar 1 ou 2).

O objetivo do sistema de bandeiras é informar aos consumidores quando o custo aumenta e permitir que eles reduzam o consumo para evitar pagar uma conta de luz mais cara.

Antes do sistema de bandeiras, o custo do acionamento extra das térmicas era repassado somente no ajuste anual das tarifas, o que acarretava na cobrança de juros e correção monetária, penalizando o consumidor.

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