São Paulo e Atlético-MG superam argentinos e se classificam na Libertadores
Na Argentina, o Tricolor Paulista venceu o Racing. E em Minas, o Galo superou uma confusão e os pênaltis
A noite de terça-feira (20) foi muito boa para os clubes brasileiros na Libertadores da América. São Paulo e Atlético-MG conseguiram superar os argentinos Racing e Boca Juniors nas oitavas de final. O Tricolor Paulista fez um grande jogo e mesmo jogando na Argentina, venceu sem problemas o Racing. Já o Galo encarou um jogo amarrado contra o Boca, teve confusão dentro e fora de campo e se superou na decisão de pênaltis.
Em Avellaneda, o São Paulo precisava de uma vitória ou de um empate por 2 a 2 ou mais para seguir na Libertadores. Já o Racing precisava apenas de um empate sem gols ou vitória por qualquer placar para se classificar. E foi o time de Hernán Crespo que tomou a iniciativa, principalmente com as escalações de Rigoni e do garoto Marquinhos. Eles foram os responsáveis de quebrar o sistema defensivo dos argentinos.
O Racing só teve uma chance mais clara, em bola parada, quando Copetti desviou, mas ninguém conseguiu completar na pequena área. O gol saiu após roubada de bola perfeita de Miranda e lançamento longo para Marquinhos, que ganhou do marcador na corrida e chutou para grande defesa de Arias. No rebote da trave, Rigoni conferiu: 1 a 0.
Veio a etapa final e o São Paulo já garantiu a sua vaga ainda no começo. Marquinhos recebeu de Benítez com dois minutos e ampliou para 2 a 0, o que obrigava o time da casa a virar o jogo. Com o 3 a 0 que Rigoni colocou no placar nove minutos depois, a classificação foi selada. O Racing ainda conseguiu diminuir com Javier Correa, e mesmo com um ou outro susto, não houve qualquer ameaça de eliminação ao São Paulo.
Atlético-MG passa por guerra e avança
A noite no Mineirão consagrou o goleiro do Atlético-MG, Everson. Mas antes de falar da façanha heroica dele, devemos voltar ao tempo para explicar como foi o jogo e a classificação. A primeira etapa o Galo apostou em marcação alta para buscar o ataque e sair em vantagem contra o Boca Juniors.
Teve tudo para abrir o placar com Zaracho, aos três minutos. O volante não aproveitou cara a cara com o goleiro Rossi. E foi só… Apesar de dominar até metade da etapa, o Galo teve muitas dificuldades para construir lances ofensivos. Melhor para o Boca, que mesmo não criando tanto, ganhou mais terreno e ameaçou em alguns momentos.
No segundo tempo, o script de drama foi tomando conta com o passar do jogo. E o Atlético seguiu esbarrando na marcação do Boca. A disputa entre os jogadores ficou mais dura. Em uma bola parada, os argentinos mandaram para as redes, após uma falha terrível de Everson e o arremate de Weigandt. O lance foi revisado pelo VAR, em meio a uma confusão, e anulado, com impedimento de González assinalado na jogada. A cada minuto, mais nervosismo. O Galo teve boa chance com Savarino, mas ele finalizou para fora. Pavon deu o troco, com chute perigoso. O 0 a 0 permaneceu e vieram os pênaltis.
Pênaltis e vaga atleticana
Nas penalidades, o Everson foi o grande herói. Só que antes disso, o atacante Hulk, grande estrela do time, abriu a série mandando a bola na trave. Rojo marcou. Drama no Mineirão. Nacho fez o dele. Apareceu Everson para defender a primeira, no chute de Villa.
Alonso converteu. Everson, de novo, pegou, agora na batida de Rolón. A tensão voltou com Hyoran, que escorregou e mandou por cima. Mas Izquierdoz também isolou. E coube a Everson, que durante toda a disputa colocava um terço na linha do gol, cobrar, marcar e levar o Atlético às quartas de final.
Mas após a partida, o que era pra ser uma festa virou um cenário de guerra. Jogadores e outros integrantes do Boca Juniors iniciaram uma enorme confusão, com direito a agressões e arremesso de bebedouro. Todos foram enviados para a delegacia de Belo Horizonte e somente nesta quarta-feira (21) é que houve a liberação e os argentinos voltarão para a terra natal.
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