

Luiz Felipe de Oliveira Galdino foi condenado a 16 anos de prisão por matar a facadas o auxiliar administrativo Bruno Botelho Vieira, de 23 anos, em Santos. O homicídio ocorreu em 2019, no bairro Castelo, Zona Noroeste e teria sido motivado por ciúmes, já que ambos mantinham um relacionamento com a mesma mulher. Eles eram envolvidos em uma espécie de ‘trisal’.
O julgamento aconteceu no Fórum de Santos nessa quarta-feira (11), mas se estendeu até esta quinta-feira (12) em um julgamento que durou mais de 11 horas. Devido a pandemia do coronavírus o júri foi feito de maneira híbrida, ou seja, algumas pessoas presenciais e outras participando de forma virtual.
Os trabalhos foram realizados parte remotos, como as oitivas das cinco testemunhas, e presencialmente com o juiz, o advogado de defesa, o promotor, o réu e os sete jurados. A medida foi tomada devido à pandemia do novo coronavírus.
Luiz Felipe, de 25 anos, foi julgado pelo crime que ocorreu no mesmo apartamento onde morava com a vítima e a mulher, com quem os dois mantinham relacionamento. À polícia, na época do homicídio, o acusado alegou que matou Bruno porque a jovem teria terminado o triângulo amoroso para ficar apenas com a vítima.
Levando em consideração as provas apresentadas pelo Ministério Público, juntamente com o assistente de acusação, o advogado Armando de Mattos Júnior, os jurados foram favoráveis à condenação de Luiz pelo homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima.
Vai recorrer
O advogado de defesa de Luiz, Alexandre Ferrarezi, informou que pedirá a anulação do júri. Ele contesta a pena aplicada e pedirá mais redução da pena.
“Diante da decisão do conselho de sentença, manifestamente contrária às provas dos autos, bem como pelas inúmeras nulidades ocorridas posteriormente à decisão de pronúncia e, ainda, pelo erro na aplicação da pena, a defesa irá interpor recurso de apelação criminal ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo no sentido de anular o júri. Subsidiariamente, reduzir a reprimenda aplicada ao réu”, afirma.
Entenda o caso
Em 2019, a jovem que mantinha relacionamento com os dois informou aos policiais que Luiz Felipe esfaqueou Bruno três vezes no abdômen. O acusado não se conformava com a separação deles.
Acionada ao local do crime, a Polícia Militar apreendeu a faca e encontrou uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) já socorrendo Bruno. O jovem foi encaminhado à Santa Casa de Santos, mas não resistiu e veio a óbito.
A jovem estava com Bruno e o acompanhou até o hospital. Momentos depois, Luiz Felipe voltou ao local do crime e confessou aos policiais ter esfaqueado Bruno. Ele foi autuado em flagrante e encaminhado para a Cadeia Pública da cidade.
No dia do crime, Bruno estava em casa quando recebeu mensagens da mulher, e saiu para encontrá-la. Mas no encontro, foi surpreendido por Luiz Felipe. Em uma postagem em uma rede social, a mãe de Bruno já havia acusado a jovem de participação na morte do filho.
Segundo a mulher, Luiz Felipe, após ser preso, conversou com familiares e disse que não entendia a surpresa. Ele sempre avisou para ela que mataria Bruno. O caso foi registrado na época como homicídio simples na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos.
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